Por BARBARA GANCIA

http://www.barbaragancia.com.br/

Todos os jornalistas esportivos com quem tenho contato (e não são poucos) juram de pés juntos que o problema do Imperador Adriano é o álcool.

Mas digamos que não seja.

Mesmo assim, o que significou a matéria de hoje na Globo (Marcos Uchôa, no “Fantástico”) aplaudindo a decisão do jogador de voltar a viver na favela?

O mote da reportagem foi o demagógico “ele trocou os milhões pela felicidade”.

Tinha até um psicólogo que ninguém nunca viu mais gordo dizendo que Adriano fez muito bem.

Onde essa gente está com a cabeça?

O cara tem uma ficha corrida de tropeços e é elogiado quando deixa seus empregadores na mão?

E quando ele voltar para a favela, quanto tempo vai durar a lua-de-mel com os traficantes donos do pedaço?

A favela dele, Vila Cruzeiro, não é uma das mais violentas do Rio?

Quanto tempo um sujeito que vale US$ 50 milhões pode ficar dando sopa em um local dominado pelo tráfico até que comecem a tomar a grana dele por bem ou por mal?

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