Falou-se durante todo o dia de ontem que o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, estaria negociando diretamente com Bolsonaro a cessão, gratuita, de um terreno pertencente à CAIXA, em facilitação à construção de um estádio para o clube.
O próprio ‘cramulhão’ confirmou a ingerência, nos termos explicitados.
A manobra foi comparada ao que fez Lula em favor do Corinthians, próximo da Copa do Mundo de 2014.
Ambas, de fato, incorretas.
Mas existem diferenças.
O Corinthians já tinha a posse de um terreno, em Itaquera, ao qual, havia alguns anos, era responsável pelos custos de manutenção.
Lula aproximou o clube da Odebrecht e da CAIXA, sem, porém, viabilizar gratuidade.
Ao tentar obrigar o banco a uma doação de imóvel, que possui inserção de capital público, para entidade particular, como Bolsonaro confessou estar fazendo – retirando do bolso do contribuinte, o presidente amplia, ainda mais, seu leque de indecências.
Apesar disso, é remota a possibilidade de êxito.
Ainda mais com Bolsonaro em situação complicada nas pesquisas eleitorais.
Evidencia-se, porém, nova e triste conivência do Flamengo para assuntos imorais ligados à Presidência da República.