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Nas décadas passadas, seja nos tempos de Di Stefano, ou, depois, com Romário, Ronaldinho, Beckham, e agora Messi e Cristiano Ronaldo, entre outros, o clássico Barcelona e Real Madrid sempre teve a mesma importância que possui agora para o mundo do futebol.

Um evento de proporções gigantescas, um clássico épico, quase que com a certeza da exibição de um grande espetáculo esportivo.

Por que, antes, não chamava a atenção dos brasileiros, pelo menos na proporção que ocorre atualmente ?

Era impensável que torcedores tupiniquins tivessem a menor dúvida entre assistir um Santos e Palmeiras, ou outro embate qualquer entre grandes nacionais, e o clássico espanhol.

A rivalidade, os bons jogadores brasileiros, tudo conspirava para que, se tanto, os estrangeiros fossem assistidos, posteriormente, em reprises e exibição dos melhores momentos.

Hoje são os brasileiros que lutam para conseguir audiência.

A razão é óbvia: os europeus jogam futebol, os brasileiros, algo que, por vezes, se assemelha ao esporte.

O torcedor não é mais bobo.

É impossível ter prazer ao ver tamanha mediocridade nos gramados brasileiros.

Assiste-se uma partida por amor ao clube e sua história, mas com enorme desejo de que tudo acabe rápido para não contaminar a memória afetiva doutros tempos, em que a emoção dividia espaço com a razão, em embates que nunca mais sairão de nossa memória.

O Corinthians de Sócrates e Rincon, o Flamengo de Zico, o Vasco de Romário e Edmundo, o Tricolor de Raí e Telê Santana, o Palmeiras de Ademir e Rivaldo, o Peixe de Pelé, Neymar… e por ai vai.

Hoje, a imprensa eleva à condição de craques mediocridades que, quando muito, duram seis meses de enganação, por outros tantos de explicações para má-fase, terminando no ostracismo do “parecia que seria bom jogador.”

Neymar foi a solitária exceção à triste regra, recentemente.

A solução ?

Valorizar categorias de base, e treinadores que tenham como objetivo principal formar jogadores, não robozinhos para conquistar títulos sub-qualquer coisa, que não possuem o menor valor, e servem, ainda, para enganar o torcedor.

Expulsar intermediários das equipes, passando os clubes a negociar, entre si, diretamente, também é necessário para evitar, ou minimizar, apadrinhamentos e esquemas de locupletação, que tiram as vagas de jogadores, por vezes preciosos, mas alijados de oportunidades por não participarem do “esquema”.

Enquanto nada disso acontece, quando chegar às 17h, não perca tempo assistindo porcaria, mude de canal, relaxe, e volte a sonhar com futebol de primeira, deliciando-se com Barcelona e Real Madrid, Messi vs. Cristiano Ronaldo, em mais um embate inesquecível, daqueles que rivalizam com os que os brasileiros, um dia, deixaram de fazer.

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