O Palmeiras que viveu, nos últimos dias, um dos episódios mais vergonhosos de sua história, talvez menos dolorido apenas do que o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, é vítima de uma ‘administração’ não profissional, amparada em práticas retrógadas, como o ‘mecenato’.
Combinado a isso tudo, está a adesão do departamento de futebol, desde os tempos de Alexandre Mattos, ao sistema reinante no submundo da bola, ou seja, contratações para agradar empresários, vendas de atletas objetivando ressarcir a ‘patrocinadora’.
Aliás, até mesmo o patrocínio do clube, avaliado em evidente sobrepreço (três vezes, no mínimo, o que pagaria o mercado), é passível de discussão e, talvez, de investigação.
O caminho seguido pelo Palmeiras nos últimos anos, em regra, tem levado agremiações de comportamentos semelhantes ao caos.
Não há alicerce profissional, apenas a efetivação, a custo elevadíssimo, de um plano de poder que beneficiaria os ‘mecenas’, pessoalmente e, talvez, até as empresas que os cercam.
Por conta do investimento financeiro, vez por outra alguns títulos são conquistados, facilitados, entre outras coisas, pelo péssimo nível do futebol sulamericano, mas inexiste consistência, tornando o que poderia ser frequente, se inserido numa gestão profissional, em espasmos involuntários.
Sem um trabalho sério, gradativo e honesto de gestão, o Palmeiras não conseguirá se juntar, em excelência, aos melhores do mundo, chegando no máximo – quando der a sorte de comparecer aos torneios relevantes, à condição de coadjuvante.
Raros são os casos que destoam desse resultado final.
O último deles foi a vitória do Corinthians, tão mal administrado quanto o Palmeiras, diante do Chelsea, derradeira conquista Mundial de um clube brasileiro.
Basta ver o que sobrou do clube desde 2012, ano do feito (caos financeiro e administrativo), para verificar que tratou-se de evento abortivo, no sentido contrário de tudo o que o Verdão precisa realizar para conquistar a grandeza necessária aos que almejam voos relevantes.