A importância do Bom Senso FC nas discussões da MP 656, que pretende regulamentar o parcelamento de dívidas dos clubes de futebol, vai bem além da conquista diplomática do veto do art. 141 (que não previa contra-partida das agremiações) junto ao Governo Federal.
Agora com função oficial de decisão, os representantes dos atletas inibirão tratativas subterrâneas, que certamente ocorreriam, se somente os políticos habituais estivessem envolvidos nas reuniões que estão por acontecer.
Com o temor de se verem expostos publicamente (o Bom Senso tem o hábito de publicar, passo a passo, suas movimentações em mídias sociais) dirigentes de clubes e federações, antes, quando não contrários às idéias, claramente omissos, após o veto presidencial passaram a se comportar como favoráveis.
Sabem que não há mais como esconder da população e da imprensa qualquer tipo de comportamento que insurja contra o caminho da administração responsável e prestação de contas transparente.
Há luz no fim do túnel, e ela foi conseguida a forceps, num território trevoso, dominado por Vicentes Candidos e Del Neros, desejosos em manter, por razões óbvias, as coisas como sempre estiveram.