Nos tempos em que Andres Sanches era o presidente do Corinthians, sua ingerência nas “organizadas”, conquistada a base de dinheiro e distribuição de cargos, era tão grande que não existia derrota que fizesse os Gaviões da Fiel criticar o time.
Até numa das mais vexatórias, a do Tolima, esse grupo levantou-se, aplaudiu a equipe e ameaçava espancar quem ousasse agir de maneira contrária.
Enquanto Sanches se manteve próximo, politicamente, do atual presidente, Mario Gobbi, o “salvo-conduto” também se estendeu.
Bastou começarem as brigas e as divergências na gestão, para que os Gaviões da Fiel, como num passe de mágica, ou de dinheiro, voltassem a agir com o terrorismo habitual.
Na última semana, invasão claramente orquestrada no CT da Ayrton Senna.
Ontem, no Pacaembu, antes, durante e depois da derrota para o Bragantino, tocaram o terror, ameaçando e espancando quem ousasse gritar “Corinthians”, no intuito de incentivar a equipe.
Tudo porque, em combinação com seu financiadores, a facção criminosa decidiu, além de não apoiar a equipe, exibir faixas pedindo a saída de Mario Gobbi.
“Esse vagabundos chutaram meu filho porque ele gritou “Corinthians”… o menino tem dez anos… um maconhado disse ainda que era PCC… que eles eram donos do clube…”, relatou o senhor Carlos Henrique, de Goiânia, que estava em São Paulo, de férias com a família.
No facebook, encontramos outro relato, semelhante, da selvageria “organizada”:
“Hoje, depois de 28 anos frequentando estádios de futebol, posso dizer que fiquei acuado com a própria torcida do Corinthians… E sabem o motivo? ” Não podíamos gritar CORINTHIANS sem a autorização das Torcidas Organizadas”…L-A-M-E-N-T-Á-V-E-L…”, disse Marcos Maccapani Fernandes.
Não há mais o que fazer numa situação extrema como a que se apresenta, hoje, no Parque São Jorge.
É nítida a direção de onde estão sendo lançadas as “bombas”, que, apesar de chegarem pelas fétidas mãos de “soldados” dos Gaviões, são comandadas por aqueles que, antes do mesmo lado, lutam agora para retomar o poder na política alvinegra.
Se o delegado não romper com todos, explicitamente, e se posicionar duramente a respeito do que vem acontecendo, em breve deixará o clube pelas portas do fundo, a mesma que, por sinal, o conduziu a condição de associado.