Ao vazar à imprensa, por intermédio do ex-diretor do Palmeiras, e agora funcionário da construtora, Rogerio Dezembro, a possibilidade da utilização de arbitragem contratual para decidir impasse sobre assuntos da Arena Palestra Itália, a WTorre começa a botar as manguinhas de fora, fugindo do discurso “paz e amor” reinante durante todo o período em que precisou da aprovação do Conselho do clube.
A verdade da construtora, em todos os seus empreendimentos, é absolutamente conhecida do mercado, mas foi convenientemente abafada pelos que, sabe-se lá a que motivações, insistiram na parceria com o Palmeiras, mesmo sabedores de que o contrato não era bom para o clube.
O princípio utilizado é simples: redige-se um contrato, aprova-se no Conselho Deliberativo, faz-se adendos depois, com clausulas que favorecem amplamente a construtora, oferece-se benesses a dirigentes, festinhas para a imprensa e público para que ninguém toque no assunto,até que, no momento do impasse, parte-se para a arbitragem, que decidirá sempre a favor da empresa, amparada que está pelo que se modificou à margem do conhecimento do clube.
É só o começo.
Primeiro o Palmeiras perderá dinheiro no caso das cadeiras, que a WTorre insiste em ser majoritária, depois virão os shows tendo prioridade em dia de jogos do clube, as divisões de dinheiro que, diferentemente do que se diz publicamente, favorecem amplamente a construtora, e por ai vai.
Mas não poderia se esperar nada diferente quando se observa que funcionários responsáveis em resguardar os direitos do clube, à época do acordo, hoje trabalham exatamente para a empresa com quem discutiam clausulas, multas, etc.
A famosa crônica do golpe anunciado, e, tudo indica, executado.