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As principais empresas do mundo jamais gastariam quantias equivalentes a R$ 40 milhões, por exemplo, num produto que apresentasse a menor suspeita de não recuperação do investimento.
No futebol, o princípio é o mesmo.
Investe-se esperando conseguir dois tipos de retorno: financeiro, em caso de revenda ou técnico, com grandes atuações dentro do gramado.
O Corinthians dificilmente vai recuperar o investimento feito no atleta Alexandre Pato, embora, os intermediários do negócio, sem correr risco, estejam plenamente satisfeitos.
"Certamente há um componente genético nessa série de lesões dele (Pato)"
"Mas não fizemos um estudo que possa nos dizer exatamente o que é"
Estas foram as palavras de um dos médicos do clube, Dr. Guilherme Runco, filho de médico de Seleção, e subordinado ao Dr. Joaquim Grava, que dispensa apresentações, após a constatação de mais uma contusão do jogador, dessa vez um edema ósseo.
Ou seja, fica clara a negligência do departamento médico do Corinthians ao não realizar todos os exames necessários, num atleta de extenso histórico de contusões, talvez pressionados por aqueles que precisam ter os respectivos comissionamentos em seus bolsos.
O resultado final está sendo presenciado por todos.
Um atleta que, quando joga, é “habilidosinho”, mas longe, muito longe, de ser o craque superestimado pela mídia.
*Foto de Léo Franco, ex-colega de Faculdade desse jornalista, e dos mais competentes fotógrafos da imprensa.