A gigantesca Adidas, que nunca atrasou parcelas de contratos de patrocínio com clube algum do planeta, acusou o golpe do coronavírus e anunciou, de antemão, calote momentâneo de R$ 8 milhões no Flamengo.
1/4 do que deveria pagar por um ano de contrato.
O clube recebeu a promessa de que a quantia será honrada no futuro, talvez junto com a próxima parcela, a vencer em outubro de 2020.
Obviamente, essa previsão, otimista, leva em consideração que a pandemia esteja controlada no país.
Ainda assim, é pouco provável, diante da necessidade de preservação da vida humana, que os jogos sejam disputados com público nos estádios e que, também, os consumidores tenham sobrando, após meses de penúria, dinheiro a ser gasto com algo que não seja essencial à sobrevivência familiar.
Muita coisa terá que ser revista daqui por diante.
Se a Adidas passa por tamanho aperto mesmo tendo em mãos um produto que, pela popularidade, se vende sozinho, o que acontecerá nos demais clubes, muitos deles parceiros de empresas irrelevantes, inclusive a nível nacional.
Por muito tempo, as receitas cairão e as despesas precisarão ser enxugadas.
Nem todos sobreviverão.
Talvez os que sucatearam menos as categorias de base aos intermediários da bola consigam fôlego maior para uma reviravolta.