Notícias dão conta de novas prisões de policiais do DENARC, alguns da alta cúpula da polícia, associado a traficantes de drogas, justamente os bandidos que são pagos para combater.

Para a população da periferia, e até a que compreende os usuários de classe mais abastada, não há novidade na revelação dessa “sociedade”.

O DENARC é o departamento mais corrupto da Polícia Cívil, desde sempre, com a incrível marca de 100% dos policiais comprometidos, por ação ou omissão, com o narcotráfico.

90% participa diretamente.

Seja como chefe das “biqueiras”, após descobri-las, obrigando o pequeno traficante a produzir para pagar suas propinas, num esquema parecido com frotas de taxi, em que o motorista pega o carro tendo um valor mínimo a acertar com o fornecedor do veículo, quanto como “gerente” de traficantes maiores.

Os outros 10%, ou menos, que se recusam a traficar, são obrigados não apenas a silenciar sobre o que testemunham, mas também a engolir parte da propina, sob risco evidente de “acidente” no trabalho.

Dessa maneira, todos acabam comprometidos, evitando a possibilidade de um deles trair todo o grupo sem que o próprio seja prejudicado.

Os acertos, por vezes, são feitos dentro do próprio DENARC, quando presos são levados a salinhas, seus advogados transacionam com os policiais, depois os “clientes” saem pela porta da frente, porém com o rabo preso, funcionários que se tornam do sistema corrupto do departamento.

Só há uma solução para limpar o DENARC, desejo aparente, se realmente for verdade, do novo Secretário de Segurança Pública: todos os 400 policiais devem ser sumariamente demitidos, nem que para isso recebam do Estado injusta bonificação.

Assim como um pingo de sangue com AIDS contamina todo o sistema circulatório de um ser humano, policiais do DENARC envergonham a polícia, e, se realocados, transmitirão sua “doença” para o restante das corporações.

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