Por JUCA KFOURI
Ivo Alves é o nome do profeta.
O pai de Carleto.
O pai que sonhou que o filho faria um gol no Boca Juniors.
De falta.
Carleto fez!
Aos 17 minutos de jogo no Engenhão tricolor, o filho do seu Ivo bateu falta da intermediária, a bola resvalou nas costas de um xeneize e estava aberto o marcador.
O Flu jogava melhor, não deixava o Boca Juniors jogar e Diego Cavalieri assistia ao jogo de dentro do campo.
Mas os brasileiros não fizeram o segundo gol e veio o segundo tempo.
Com o Boca em ação.
O Flu todo jogava bem, com exceção de Thiago Neves e de Rafael Sóbis, que desperdiçara uma chance logo no começo do jogo e outra, aos 15 do segundo tempo, simplesmente imperdível, na pequena área.
O Flu não se contentava com o placar que levaria à marca da cal, no que estava certo, mas começava a se afobar quando o segundo tempo chegava ao meio.
O Boca, imobilizado, catimbava ao ritmo de um impotente Riquelme.
Aos 30, Abel Braga ousou e pôs Wellington Nem no lugar de Wágner, quando a troca aparentemente mais acertada seria a saída de Thiago Neves.
Aos 35, titubeante, Rafael Moura não fez o gol das semifinais. Ah, se fosse o Fred…
Estranhamente, aos 44, Abelão tirou o experiente Sóbis e pôs o menino Marcos Júnior para bater pênalti.
E, aos 45, o Boca empatou com Santiago Silva.
Parecia mentira.
Na única chance…
Futebol.
Por una cabeza…