André Negão, empresário da “sorte”, ex-diretor administrativo do Corinthians e Severino, pai do jogador Willian, hoje na Ucrania, sempre tiveram negócios e interesses em comum.
Quando Negão recebeu ambulâncias, de mão beijada, do então vereador Wadih Mutran, Severino era seu motorista.
O tempo passou, a venda de Willian deixou o pai milionário, no mesmo período em que seu parceiro já ganhava dinheiro negociando jovens promessas alvinegras.
A nova união, numa empresa de intermediação de jogadores, foi inevitável.
Mas não parou por ai.
Acostumados que são à vida de recebíveis sem dificuldade, passaram também a comprar e vender veículos de procedência duvidosa.
E, como num passe de mágica, talvez seguindo orientações do “especialista” Mané da Carne, suas aquisições eram frequentemente vítimas de furto, porém, precavidos, todas estavam no seguro.
Ou seja, o prejuízo era “zero”, e, por vezes, lucrava-se, até.
Deve ser “coincidência”, óbvio, que durante o período de pouco mais de um ano, mais de uma dezena desses bens, adquiridos pela dupla, tenham sido arrebatados pela criminalidade.
Porém, não contentes com as frequentes indenizações, algumas seguradoras passaram a investigar as ocorrências, documentação que virou, posteriormente, inquérito policial.
Esclarecimentos devem ser requeridos nos próximos meses, até para desfazer o clima de desconfiança gerado numa dupla de hábitos tão idôneos.