Na última semana, acentuaram-se as movimentações de bastidores diante da iminente possibilidade de impugnação da candidatura de Augusto Melo à presidência do Corinthians.
O cartola, no desespero, tem plantado na mídia pareceres que desqualificariam a tese de que o crime fiscal, pelo qual foi condenado a dois anos, dez meses e vinte dias de prisão, não poderia ser tratado como delito de patrimônio – previsto como impeditivo pelo estatuto alvinegro.
Existem, ao menos, duas jurisprudências que contestam a tese.
Melo e seus parceiros ignoram – propositalmente – o texto da Lei Geral do Esporte que, combinado com o da Lei da Ficha Limpa, encerra a discussão.
O Blog do Paulinho informou em primeira mão:
Diante dessa constatação, somente o comportamento de ‘vistas grossas’ na Comissão Eleitoral do Corinthians – que ocorreu no passado – poderia salvar o desejo de Augusto Melo de disputar a presidência.
Pela Lei, está inelegível.
Diante da dificuldade de Melo em abandonar o barco – por conta da prestação de contas do dinheiro que sustenta sua campanha, é disputado a tapa o cargo de vice-presidente em sua chapa.
A razão é obvia.
Em caso de impugnação de Augusto, o vice poderia, em tese, seguir adiante na campanha presidencial.
Quanto vale o show?
Não seria barato – em todos os sentidos, razão pela qual os mesmos que colocam um dos pés na canoa do tropeço de Augusto pisam com o outro no barco da terceira via.