Há alguns anos, o futebol brasileiro, com a conivência de boa parte da mídia, que segue exaltando uma superioridade do passado como se ainda existisse no presente, vem sendo atacado pela ganância de quadrilhas formadas por cartolas e intermediários de jogadores.
Os clubes, antes formadores de craques, servem de vitrine aos interesses dessa gente.
Quem pagar mais, joga; os que não tem padrinho são abandonados pelo caminho.
O impacto da bandidagem nas agremiações chega, por óbvio, à Seleção Brasileira.
Roubada pelos cartolas recentes, a CBF tem no poder um espertalhão que, por anos, perpetuou-se na gestão da Federação Baiana, período em que acumulavam-se denúncias de ilegalidades.
Nos último meses, Ednaldo Rodrigues apegou-se aos holofotes das causas sociais, as mesmas a que não dispensava atenção enquanto cartola de Federação; antes tarde do que nunca?
De prático, nada fez de relevante para mudar o futebol.
As convocações seguem atendendo interesses, assim como a efetivação, desde o sub-20, do treinador Ramon.
Por falar no técnico, o circo para trazer Ancelotti, até o momento, só beneficiou o cortejado, que, para assinar o contrato, diante de um presidente de joelhos, pedirá fortuna.
Dentro de campo, desde a Copa de 2002, os vexames se sucedem; ontem, mais um, diante da mediana Senegal.
E por goleada!
A gestão do futebol brasileiro carregou a Seleção consigo para além do fundo do poço, em que somente novas prisões e a forte intervenção dos órgãos fiscalizadores, desde os clubes até a Casa Bandida, talvez, consiga recolocar o trem novamente nos trilhos.