No último final de semana, após a derrota para o Fluminense, o treinador do Bahia, Mano Menezes, dirigiu-se ao árbitro José Mendonça da Silva Junior com a seguintes ofensas:
“Aproveita bem o jogo aí porque você não apita mais”
“Deixa esse vagabundo aí, não reclama com esse vagabundo não, deixa ele roubar, esse não apita mais”
As palavras, assim como o comportamento do árbitro, que, inacreditavelmente, não o expulsou da partida, são indicadores claros não apenas da falta de educação e prepotência do técnico, mas também das pressões extracampo em torno dos apitadores.
Mano, há anos, atua no futebol escorado em pessoas influentes de bastidores.
Deve ter pensado nelas ao dizer o que disse.
Como as notícias correm, José Mendonça, talvez temeroso de seu futuro na profissão, preferiu ‘fingir’ que não escutou.
Somente após a pressão pelo flagra das câmeras de tv, decidiu inserir na súmula parte da ofensa, alegando, sem convencer, que soube delas apenas nos vestiários:
“Informo que após o encerramento da partida, já no vestiário do estádio, tomei conhecimento de que o técnico da equipe Esporte Clube Bahia, senhor Luiz Antônio Venker Menezes, adentrou o campo de jogo proferindo as seguintes palavras aos seus atletas se referindo a minha pessoa: ‘deixa esse vagabundo aí, não quero que reclame com vagabundo não. Deixa roubar!’. Pude constatar tal ato através de imagens gravadas da transmissão da partida e me senti ofendido em minha honra”
O Blog do Paulinho conhece bem o ‘estilo’ Mano Menezes de relacionamento profissional, vítima que foi de veto, pelo próprio, de participar de entrevistas coletivas do Corinthians, por ‘incomodá-lo’ com questões difíceis de serem respondidas.