Desde ontem, circulam, nos principais meios de comunicação, números de receitas e despesas do Corinthians, todas referentes ao exercício de 2019.
Um caos absoluto.
Dentre os dados mais alarmantes estão:
- dívida, ainda a ser honrada, de R$ 105 milhões em aquisições de jogadores, dentre eles, R$ 13 milhões oriundos de uma transação de R$ 19 milhões da compra de Ramiro, que Sanches, à época, garantiu, seria de graça;
- rombo de R$ 177 milhões (déficit total em doze meses);
- quase R$ 90 milhões em empréstimos, sendo 1/3 deles tomados do BMG.
- valor total da dívida (excetuando-se estádio e algumas pendências judiciais): R$ 765 milhões
- R$ 239 milhões precisam ser pagos em doze meses (quase o preço do orçamento de estádio aprovado, mas não honrado, no Conselho Deliberativo)
Quando Andres Sanches assumiu a presidência do Corinthians, em 2007, o balanço alvinegro apontava endividamento de R$ 102 milhões, porém, com a venda do jogador Willian para o Chelsea, assegurando a entrada de R$ 38 milhões, o valor caiu para R$ 64 milhões.
Desde então a curva negativa acentuou-se.
Em 2012, Sanches entregou um Corinthians devedor de R$ 177 milhões ao sucessor, Mario Gobbi.
Acréscimo de R$ 113 milhões.
O delegado ampliou o desastre a números impressionantes.
Quando deixou a presidência para Roberto Andrade, a dívida do Corinthians era de R$ 453 milhões.
R$ 276 milhões de rombo.
R$ 389 milhões, somadas as duas gestões
Em ambas as diretorias, o diretor financeiro era Raul Corrêa da Silva e o de marketing, responsável pela captação de recursos, Luis Paulo Rosenberg
Com Roberto Andrade, existiu algum controle, mas, ainda assim, a dívida foi ampliada para R$ 477 milhões.
R$ 24 milhões a mais; R$ 413 milhões na soma dos três presidentes.
Foi daí que Andres Sanches partiu em seu retorno à presidência do Corinthians.
Qualquer administrador responsável priorizaria a contenção de despesas, mas o cartola contratou 34 jogadores para o time principal e outras dezenas ao afamado ‘Time B”.
O resultado, com apenas dois anos de gestão, impressiona.
A dívida subiu de R$ 477 milhões para R$ 765 milhões, apesar de ter tomado R$ 50 milhões do Arena Fundo, quase que na ‘mão grande’.
R$ 288 milhões de acréscimo.
Ou seja em vinte e quatro meses, Sanches contribuiu para o endividamento do clube quase com a soma de todo o período compreendido entre 2007 e 2013 (pouco mais de R$ 300 milhões)
No geral, o grupo ‘Renovação e Transparência”, somadas todas as gestões, ampliou a dívida alvinegra, que partiu de R$ 64 milhões e agora está em 765 milhões, em impressionantes R$ 701 milhões.
1.100 % de acréscimo, sem contar as despesas de construção e manutenção do estádio.
Andres Sanches, se não for devidamente avaliado, terá ainda o ano de 2020 para ‘surpreender’.