No retorno ao Corinthians, após breve temporada nos Emirados Árabes, o treinador Fabio Carille assinou contrato com padrões salariais de primeiro mundo.
R$ 500 mil mensais, acrescidos de R$ 7 milhões de luvas, divididas pelo período de 24 meses (duração do vínculo).
Além disso, especificou multa contratual de R$ 6 milhões, que decrescem R$ 250 mil a cada mês de acordo cumprido.
O clube pagou ainda, aos árabes, R$ 3 milhões pelo rompimento do vínculo de Carille.
Somados salário, luvas e a rescisão com o clube anterior, o custo total do treinador para o Corinthians atingirá R$ 22 milhões (cumpridos os 24 meses).
Apenas o básico, sem contar premiações diversas e encargos trabalhistas.
R$ 916 mil mensais é o custo Carille para o Timão, sendo que, destes, R$ 19 milhões seriam recebidos pelo treinador a título salarial, ou seja R$ 863 mil mensais em vencimentos.
Digamos que com ‘bichos’ de demais penduricalhos, algo próximo de R$ 1 milhão.
Para dispensar Carille, pelo fato dele ter cumprido quase metade do contrato, o Corinthians gastaria, pelas contas atuais, R$ 3 milhões, acrescidos dos quase R$ 3 milhões de luvas ainda restantes para quitação.
Ou seja, R$ 6 milhões.
Se o volumoso salário de Carille, aliado à pouca probabilidade de que o treinador não divida parte dos vencimentos com alguém (intermediários, cartolas, etc), justificariam, ‘submundanamente’, a paciência da diretoria com o mal desempenho do trabalho.
Já os valores rescisórios, que devem ser somados ao custo da aquisição de novo treinador, indicam que o que está ruim, financeiramente, no departamento de futebol, poderá ficar ainda pior.