fiori - dicunto

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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apito limpo

“Quem perdeu a confiança não tem mais o que perder”

Públio Siro – escritor latino, nascido na Síria, foi feito escravo e enviado para Roma, onde ganhou o favor de seu senhor, que o libertou e educou

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Aprovação de contas

Conforme prévia divulgação, a diretoria do SAFESP, presidida por Arthur Alves Junior, no dia 30/04/2016, realizou assembleia extraordinária para aprovação ou rejeição das contas referente ao ano 2015

Local

Comportando sede própria, não entendi a razão de ter sido realizada nas dependências do Clube Atlético Tremembé, que tem como um dos principais dirigentes, o ex-presidente da CEA-FPF, por mim denominado: latinha esculpida nos ombros, aposentado da “puliça” fardada

Participantes

Nas convocações anteriores, efusivamente, Arthur Alves Junior, com sua típica arrogância, divulgava nos quatro cantos, que haviam participado centenas de árbitros. Nesta, ao que fui informado, contando com os componentes da mesa, dez, foi a somatória dos presentes

Denúncias

Algumas das denúncias sobre os desmandos cometidos por Arthur, foram sustentadas por Regildenia Holanda Moura, Leonardo Pedalini, vice-presidente, e, Marcos Jacob, membro do conselho fiscal

Cadê os denunciantes

O não comparecimento de nenhum dos acusadores na assembleia acima aludida, perpetra duvidas sobre a veracidade das suas acusações

Resumo

Calejado que sou, com o comportar de muitos árbitros, sem julgar, sou convicto, que, conversas ao pé do ouvido, principalmente, as que atinjam o lado financeiro e o egotismo, solucionam muitas situações

Observação

Na condição de acusador e membro do conselho fiscal, para que sua denúncia tenha inteireza, Marcos Jacob, tem o dever e obrigação de rejeitar as contas do ano 2015

Por ultimo

Por estas e muitas outras, sabendo ser difícil, repito: Lava Jato na Administração de todos os setores do futebol paulista e brasileiro

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Primeira das duas partidas que definirão o Campeão da Série A1 do Paulistão 2016

arbitro

Domingo 01/05

Grêmio Audax 1 x 1 Santos

Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza

Item Técnico

Misteriosa a não marcação de duas claríssimas penalidades em favor da equipe santista, ilustro:

1ª  – quando da gravata sofrida por Gustavo Henrique

2ª  – No momento que Ricardo Oliveira teve o braço puxado

Ressaltando

Nas duas, Flavio Rodrigues de Souza, estava bem posicionado, com total visão dos fatos

Item Disciplinar

Deu de migué, deixando passar batido lances faltosos onde o autor merecia cartão, dentre estes, aponto o principal:

– Estando em cima do episódio, inacreditavelmente, deixou de expulsar (seria o correto), ou, advertir com cartão amarelo, Bruno Silva, defensor da equipe da casa, no momento que deu violenta e consciente cotovelada no atacante santista Gabriel Barbosa, conhecido por Gabigol

Dúvida

Por ter algum conhecimento sobre os métodos do “impoluto” Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF; o procedimento do árbitro Flavio Rodrigues de Souza não me surpreendeu, vez que, creio, que tenha sido alertado para que evitasse causar problemas, ou seja: usar os conhecidos: não vi e não ouvi, objetivando preservar os atletas para participarem da contenda final

Resumindo

O trabalho desenvolvido por Flavio Rodrigues de Souza agrediu as leis do jogo e prejudicou a equipe santista, fato que eleva meu desconfiar quanto sua condição para arbitrar disputas problemáticas

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Nomes dos representantes das leis do jogo que trabalharão na contenda: Santos x Grêmio Audax, que será realizada no Domingo 08/05/2016

Árbitro: Raphael Claus

Assistente 01: Anderson José Moraes Coelho

Assistente 02: Alex Ang Ribeiro

Quarto Árbitro: Jose Claudio Rocha Filho

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Política

politica

Passeio Em Campo Minado

Gastamos um bom tempo da nossa vida pensando numa saída para a crise. Creio que Michel Temer também. Sua trajetória, no entanto, terá mais repercussão na crise do que qualquer um de nós. Daí a importância de monitorá-lo.

Os jornais falam de um Ministério em formação. É difícil analisar algo que ainda não existe. Mas a julgar pelas notícias, o projeto contém uma primeira contradição. Temer, diretamente e por intermédio de Moreira Franco, afirmou apoiar a Lava Jato.

O provável Ministério, todavia, tem vários nomes de investigados. Se forem confirmados, não há avanço em relação ao PT, que, por sua vez, é um retrocesso em relação ao governo Itamar. Neste os investigados não entravam. E se estivessem no governo, deixavam o cargo para se defenderem.

Essa é uma trama ainda secundária, porque o foco estará na reconstrução econômica. Temer parece escolher uma equipe com a visão clara de que é preciso reconquistar a credibilidade como primeiro passo para que se volte a investir.

Quanto mais leio e ouço sobre o rombo financeiro, não apenas sinto a dimensão da tarefa de levar o Brasil até 2018, mas percebo como faltam dados sobre a verdadeira situação que o PT e seus aliados, PMDB incluído, nos legam. Mexidas no tamanho do Estado, discussão sobre nosso sistema de Previdência, tudo isso só se fará de forma menos emocional se houver uma verdadeira revelação de nossos problemas financeiros.

Não se faz apenas com um discurso, ou mesmo um documento. É algo que tem de ser bem difundido, com quadros comparativos, animações e um trabalho de divulgação que consigam atenuar o peso do tema. Será preciso dizer, por exemplo, se o governo vai pôr dinheiro e quanto na Petrobras, na Caixa Econômica, suas grandes empresas que vivem em dificuldade.

Leio também nos jornais que Temer vai trazer de volta uma velha guarda de políticos. Em princípio, nada contra. Mas é necessário lembrar que alguns problemas decisivos dependem de sensibilidade para a revolução digital.

Na quebra do monopólio das teles, além de pensar no avanço que isso traria para o Brasil, sabíamos também que havia regiões que não interessavam às empresas. Criou-se um fundo para universalizar a conexão telefônica e modernizar a infraestrutura de comunicações. Esse dinheiro jamais foi usado em sua plenitude, como manda a lei. Uma visão de retomada do crescimento tem de passar por um novo enfoque do mundo virtual e seu potencial econômico. Se nos fixarmos só no crescimento do universo material, corremos o risco de um novo engarrafamento adiante, se já não estamos de alguma forma engarrafados perante outros povos, como os coreanos, que trafegam com muito mais rapidez do que nós.

Temer disse que não é candidato. Isso é positivo não apenas porque ficou mais leve para atrair partidos com projetos para 2018. Mas, principalmente, porque ele pode tomar medidas que horrorizam um candidato.

Claro que as medidas serão debatidas, que em caso de divulgação ampla haverá uma consciência maior do buraco econômico. Ainda assim, os economistas preveem que em 2018 chegaremos ao poder aquisitivo de 2011. Certamente haverá uma aspiração de maior rapidez no processo de retomada. E Temer não pode andar tão rápido quanto a velocidade das expectativas.

Além disso, terá de navegar num mundo político desgastado, que dependeu da sociedade para chegar ao impeachment e dependerá dela para realizar a transição. Os temas da reconstrução mexem com diferentes interesses, dificilmente vão mobilizar da mesma forma que o impeachment.

Há, no entanto, um desejo de mudança.

Os rombos no Brasil sempre foram cobertos com aumentos de impostos, os contribuintes pagam o delírio dos governantes. Se Temer usar o caminho tradicional, vai romper com o desejo de mudança e adiar para as calendas um ajuste pelo qual o governo passe a gastar de acordo com seus recursos.

Todos gastaram muito. Há uma grande pendência sobre a dívida dos Estados com a União. Juros simples ou compostos? Na verdade, a discussão mesmo é sobre quem vai pagar a conta, que pode resultar num prejuízo federal de R$ 340 bilhões.

Finanças dos Estados parecem um tema muito chato. No entanto, quando você vive no Rio de Janeiro, vê hospitais decadentes, funcionários sem receber, escolas ocupadas, percebe claramente que, quando o governo entra em colapso, isso fatalmente influencia a sua vida cotidiana.

Um tema dessa envergadura acabou no Supremo Tribunal, quando, na verdade, teria de ser decididos no universo político, governadores e presidente. É uma demonstração de incapacidade que obriga o próprio Supremo a se desdobrar, estudar todo o mecanismo financeiro, ouvir as partes, estimular acordos que eles próprios já deveriam ter celebrado.

Com esses corredores e os obstáculos na pista será difícil chegar a 2018 se não houver um esforço de reconstrução que transcenda o mundo político. Esse esforço se torna mais viável com os dados na mesa: o estrago da corrupção e os equívocos da gestão econômica.

Algumas coisas já podem mudar nas próximas semanas. Por que tantos cargos comissionados? Por que reduzir investimentos, e não o custeio da máquina do governo? Incentivos para quê e para quem? Aumentos salariais do funcionalismo agora?

Quando Dilma entrou, na esteira de suas mentiras, lembrei que não teria lua de mel. Vinha de uma vitória eleitoral. Temer, por tudo de errado que Dilma fez, talvez ganhe um curto período. O problema é que a crise mexeu com a nossa noção de tempo, mais encurtado, desdobrando-se com imprevisíveis solavancos.

Mesmo ainda sem a caneta na mão, é preciso uma ideia na cabeça. A partir da semana que vem termina um capítulo da nossa História recente. O País precisa se reconstruir como se tivesse seus alicerces abalados por um bombardeio.

Autor: Fernando Gabeira – jornalista, escritor e político. Artigo publicado no Estadão em 06/05/2016

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Finalizando

“É errôneo servir-se de meios imorais para alcançar objetivos morais”

Martin Luther King – foi pastor protestante e ativista político estadunidense

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Chega de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo

Acorda Brasil

SP – 07/05/2016

*A coluna é também publicada na pagina Facebook:  “No intervalo do Esporte”

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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