andrespinoquio

Pouco tempo antes do “Fielzão” ser viabilizado por ação única e exclusiva do Governo Lula, um grupo de conselheiros do Corinthians apresentou proposta de construção de estádio que foi prontamente rechaçada por Andres Sanches e Luis Paulo Rosenberg.

“Estou tentando construir um estádio com o preço de R$ 6 mil por cada assento. E vai dar. Outros projetos orçam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Para onde será que vai essa diferença?

A declaração de Rosenberg, concedida ao site da revista Placar, em 16/07/2010, e repetida diversas vezes em reuniões do Conselho Deliberativo do Corinthians, mostra que o então diretor de marketing alvinegro sempre se utilizou como parâmetro, para medir a eficácia da engenharia financeira do futuro estádio do clube, do preço médio de cada assento.

Versão que, na ocasião, foi não apenas corroborada, mas também aplaudida pelo grupo de Sanches, em reunião do CD do Timão.

Porém, na última semana, o ex-presidente do Corinthians, aparentemente esquecendo-se dos discursos anteriores, disse, através de sua conta no twitter:

“Não sei quem inventou o custo dos estádios por assento. Isso é ridículo. Tem que ser por metro quadrado. Só tem gênio.”

andres critica rosenberg

É evidente que sabe.

Ao ironizar e até desqualificar o atual vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, Sanches parece querer encontrar desculpas para o que parece óbvio, ou seja, o estouro do orçamento, antes previsto para pouco mais de R$ 800 milhões, mas que ultrapassará, e muito, R$ 1 bilhão.

Outra declaração interessante da dupla, Sanches e Rosenberg, na mesma matéria de Placar, é a de que o negócio apresentado pelo conselheiros, à ocasião, era ruim não apenas pelo custo dos assentos, mas também por que haveria a comercialização de 15 mil cadeiras cativas, ou camarotes, ação considerada, até então, inadmissível pela cúpula alvinegra.

O tempo passou e a ideia, da venda de cadeiras, antes rechaçada, terá que ser utilizada como uma das garantias de pagamento para tentar viabilizar o empréstimo com o BNDES.

Nem em Munchausen, terra do famoso Barão da literatura europeia, que leva o sobrenome da cidade, tantas contradições e mentiras foram tão escancaradas, contando, evidentemente, com a falta de memória popular e a preguiça da imprensa em pesquisar.

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