Edson Lapolla, candidato a presidência do São Paulo, confirma passado Tricolor de Luis Paulo Rosenberg

Publicamos, ontem, que diversos clubes do Brasil foram flagrados, em reportagem da FOLHA, em operações financeiras suspeitas em paraísos fiscais, com claros indícios de lavagem de dinheiro.

Entre eles o Corinthians que, no período de 2009 a 2011, em que Andres Sanches era presidente, enviou dinheiro ao Panamá.

Dez depósitos que totalizaram valor aproximado de R$ 5 milhões, ou US$ 2,1 milhões.

http://blogdopaulinho.com.br/2013/07/14/lavagem-de-dinheiro-andres-sanches-e-della-monica-precisam-se-explicar/

Para tentar explicar o que não teve coragem de fazer ao jornal, após a repercussão da matéria, o clube soltou uma Nota Oficial em seu site.

Disse que os depósitos feitos no Panamá eram oriundos da compra do jogador Defederico, que, segundo os dirigentes, pertencia metade ao Huracán, da Argentina, e 50% de uma empresa panamenha denominada Blue Sand Internacional.

Porém, as explicações atuais destoam das que foram fornecidas à época do negócio, que, por sinal, sempre foi cercado de informações nebulosas.

Vários dirigentes participaram da negociata, entre eles o vulgo André Negão (que apresentou o jogador e fez os primeiro contatos) e o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg (que bateu o martelo).

Vale lembrar também que o diretor de futebol era o atual presidente do clube, o delegado Mario Gobbi.

Segundo se contou, o acerto seria pago pela Nike, diretamente à equipe argentina, que depois descontaria do Corinthians, parceladamente, dos acordos comerciais existentes entre as partes.

US$ 4 milhões, pouco mais de R$ 8 milhões, por 80% dos direitos pertencentes aos Huracán, permanecendo 20% com seu empresário.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Corinthians/0,,MUL1278032-9862,00-DEFEDERICO+CHEGA+A+SAO+PAULO+E+QUER+SEGUIR+OS+PASSOS+DE+TEVEZ+NO+TIMAO.html

Em nenhum momento se falou em empresa do Panamá.

A primeira vez que se teve notícia da BLUE SAND, foi em matéria do Blog do Paulinho, de 20/06/2012, que demonstrou estranheza pelo fato do site do Independiente, também argentino, ter relacionado em seu site a transação de empréstimo de Defederico como feita com a empresa do Panamá, que teria, segundo o clube portenho, 100% dos direitos.

http://blogdopaulinho.com.br/2012/06/20/como-explicar-corinthians-pagou-mas-empresa-do-panama-e-a-verdadeira-proprietaria-de-defederico/

À época, questionados, os dirigentes alvinegros simplesmente disseram não responder a matérias publicadas por um “bloguinho”.

Em pesquisa, estranhamos o fato de que Defederico seria o único atleta ligado a um fundo absolutamente desconhecido, de origem suspeita, e que sequer é citado em país de origem.

Pelo que se vê, aparentemente, em sendo verdadeiras as informações de que 100% dos direitos do atleta estão ligados ao fundo, não ao Corinthians, como se pensava, fica clara a operação de compra do atleta utilizando-se de paraíso fiscal, ou seja, enviando dinheiro ao fundo, que depois tratou de remunerar os argentinos.

Obviamente com a conivência de dirigentes corinthianos e a remuneração, por comissão, de alguns deles.

Destoando da mudança de discurso adotada, recentemente, após outro negócio “estranho”, a contratação do jogador Cleber, em que os alvinegros da atual gestão disseram “não tratar com dinheiro sem origem”, embora no período MSI não apenas tenham votado a favor da parceria, como a defendiam com unhas, dentes e argumentos e pouca ética.

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