Noticiou-se, na última semana, que a CAIXA havia aceitado o Parque São Jorge como garantia para intermediar o empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES para a construção do “Fielzão”.
Porém, em pesquisa no 9º Cartório de Registros da Capital, constatamos alguns fatos que, em condições normais, dificultariam, e muito, a negociação.
O Parque São Jorge está dividido em quatro escrituras.
Três delas penhoradas por diversas dívidas, uma delas de R$ 27 milhões.
A escritura oferecida pelo Corinthians, embora não esteja penhorada, está arrolada judicialmente pela Receita Federal.
Ou seja, pode ser executada assim que o mérito da questão for julgado.
Além disso, dos 158.170 m² de área total do Parque São Jorge, esse terreno corresponde a apenas 40 mil m².
Praticamente ¼ do montante total.
Não é factível, portanto, a avaliação que o clube apresentou à CAIXA, de R$ 1,2 bilhão pela área a ser cedida.
Causaria estranheza que um banco governamental, com as facilidades para checar informações que possui, caia numa cilada como essa, aceitando um bem que tem destino absolutamente indefinido.
Nem o terreno de Itaquera poderia salvar a operação, já que é também objeto arrolamento por dívidas fiscais.
CONFIRA ABAIXO OS DADOS DE TODOS OS TERRENOS DO CORINTHIANS
Parque São Jorge – com diversas penhoras
1- Matrícula 162.200, área: 45 mil m²
2- Matrícula 24.207, área: 33.170 m²
3- Matrícula 24.168, área: 40 mil m²
Parque São Jorge – arrolado pela RECEITA FEDERAL
1- Matrícula 241.016, área: 40 mil m²
Terreno de Itaquera – arrolado pela RECEITA FEDERAL
1- Matrícula 225.156, área 200 mil m²