Numa partida equilibrada, o Al Ahly aproveitou melhor as oportunidades que criou e venceu o campeão japonês, Hiroshima, por dois a um.
Demonstrou boa técnica com a bola nos pés, mas deficiências defensivas que se não forem sanadas devem facilitar a vida do Corinthians nas semifinais do Mundial.
Os japoneses até se portaram bem, mas perderam lances de ataque incríveis por inabilidade na hora da definição.
Os egípcios começaram a primeira etapa em cima do Hiroshima, dando a impressão de que venceriam a partida com tranquilidade.
Logo aos 3 minutos, Guedo foi lançado na cara do gol, mas bateu mal, à direita da meta.
Nesse mesmo lance, o goleiro japonês ao trombar com o atacante do Al Ahly abriu um corte grande no rosto e foi substituído, paralisando a partida por cinco minutos.
Aos 14 minutos, grande jogada pela direita, a bola foi cruzada rasteira para Hamdi que não perdoou.
Com um a zero na frente, inexplicavelmente o Al Ahly se retraiu, e o Hiroshima, até então assustado, passou a dominar as ações.
Koji arriscou de fora da área, aos 20 minutos, para boa defesa do goleiro.
Quatro minutos depois foi a vez de Mizumoto perder gol incrível.
Aos 29 minutos, numa dividida o capitão do Al Ahly, Ghaly torce o joelho e sai de campo.
Aproveitando-se de que o adversário estava com um jogador a menos, que ainda não havia entrado em campo devido à demora do aquecimento ocasionado pela nevasca, o Hiroshima bateu escanteio pela esquerda, a zaga egípcia afastou, Mikic tocou de cabeça e Sato empatou a partida.
Os japoneses, empolgados, perderam ainda duas boas oportunidades antes do final da primeira etapa.
No segundo tempo, de maneira inteligente, o Al Ahly cadenciou mais o jogo, evitando a correria do adversário, tocando a bola no campo de ataque.
Aos poucos começou a criar oportunidades e, numa delas, aos 11 minutos, o veterano Aboutrika foi lançado na área e, com categoria fez o gol de desempate, na saída do goleiro.
Sem alternativa, os japoneses partiram com tudo para o ataque, esbarrando, porém, numa melhor constituição defensiva dos egípcios.
Sato quase marcou, aos 23 minutos, em bola cruzada pela esquerda, mas chegou milésimos de segundo atrasado.
O mesmo Sato, aos 35 minutos, quando a pressão era total dos japoneses, recebeu a bola na cara do gol, sem marcação, e perdeu gol inacreditável.
Quatro minutos depois, novamente Sato betu a queima-roupa, para boa defesa do goleiro.
Recuado nos últimos minutos, de maneira perigosa, o Al Ahly praticamente abdicou do contra-ataque, mas, mesmo assim, conseguiu segurar a importante vitória que o levou a disputar, na próxima quarta-feira, a semifinal do Mundial, contra o favorito Corinthians.