Augusto Melo e Marcelinho, abraçados, ontem em Parque São Jorge

Marcelo Mariano, a quem Augusto Melo protege na gestão do Corinthians, em cinco meses tornou-se pivô da saída de três dirigentes.

O primeiro foi o médico Ubiratan Mendonça, que desconfiou de sobrepreço na compra de equipamentos de seu departamento.

Marcelinho autorizou as negociações.

Médico abandona gestão Augusto Melo após desconfiar de diretor

Pouco após, o Diretor Administrativo se envolveu na comissão da Vai de Bet, gerando o afastamento de seu parceiro Sérgio Moura e os pedidos de demissão de Yun Ki Lee e Rosallah Santoro – este reconsiderado, depois.

Várias são as reclamações que o Blog do Paulinho recebe, diariamente, sobre a atuação de Marcelinho em Parque São Jorge.

Abaixo, relatos que, por razões óbvias, não serão identificados:

“Marcelo Mariano tem esquema fortíssimo nos quatro meses de gestão”

“Para fazer evento dentro do clube há pagamento de porcentagem; em alguns casos 50%”

“Ele colocou Roberto Aguilar, pai do funcionário Igor, seu amigo pessoal, como zelador da Fazendinha”

“Todos ajudam o Marcelinho”

“Participam também: Airton, Alexandre Munhoz , Batoré (da engenharia), Renato (CT da Ayrton Senna) e Roberto Aguilar, pai do funcionário do Parque São Jorge”.

São denúncias que precisam ser investigadas, mas que se assemelham às que eram comentadas quando Marcelinho ocupou cargo de diretor na era Dualib.

Em 2016, o Corinthians foi condenado a ressarcir R$ 660 mil (R$ 1,2 milhão corrigido) aos cofres públicos.

O rolo ocorreu anos antes, quando Marcelinho era Diretor de Futsal, subordinado a Osmar Stabile, atual vice-presidente.

À época, o Timão foi autuado pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) por irregularidades cometidas no repasse de verbas públicas da Prefeitura de Osasco para o clube.

R$ 330 mil saíram dos caixas do Município, a pretexto da realização de parceria da equipe do Futsal alvinegra com a cidade.

O projeto não saiu do papel.

Os valores nunca foram devolvidos a Osasco, e, segundo informações, não constaram, também, na contabilidade do clube.

Ninguém sabe que destino foi dado ao dinheiro.

Estranhamente, a Prefeitura não solicitou, até ser notificação pelo TCE, a devolução da quantia – inserida, posteriormente, como dívida ativa do clube com o município.

Após oitiva das partes, Mario Gobbi e Roberto Andrade, que eram os presidentes do Corinthians durante o processo, e Marcelo Mariano, responsável pelo convênio, além do Prefeito de Osasco, o Tribunal de Contas decidiu pela condenação.

Durante os anos que separaram sua saída da gestão Dualib até o cargo, não remunerado, de Diretor Administrativo de Augusto Melo, Marcelinho sobreviveu sob auxílio de Osmar Stabile e Rubão.

Atualmente, ninguém sabe informar a origem, oficial, de seu sustento.

Anteontem, porque não pode afastar Marcelinho do cargo, apesar de flagrado no escândalo Vai de Bet, Augusto Melo fez questão de ser fotografado a seu lado, indicando que dificilmente as coisas poderiam ter ocorrido sem o aval presidencial.

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