Dentre as milionárias dívidas a que o Corinthians ficará refém nos próximos anos, oriundas da “aventura” desmedida para construir seu estádio, inclui-se a mensalidade da empresa BRL Trust Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários SA, também desconhecida e não autorizada pelo Conselho Deliberativo.

São R$ 75 mil mensais, que perfazem, anualmente, a quantia de R$ 900 mil.

Levando-se em consideração que o acordo para quitação do “Fielzão” é, a princípio, de 30 anos, chegaremos à quantia, sem as devidas correções monetárias, de R$ 27 milhões.

A BRL TRUST administra o tal “FUNDO II”, constituído pela própria BRL Trust, a Arena Itaquera S/A e também a Jequitibá, todas localizadas no mesmo endereço.

Uma farra.

É lá também, na Rua Iguatemi nº 151 – 19º andar, mais precisamente na Arena Itaquera S/A, que foram assinados diversos contratos, entre os quais:

– os diversos aditamentos no Contrato de construção (sem assinatura do presidente do CD), altamente lesivos ao Corinthians, porém benéficos à ODEBRECHT e seus parceiros.

– empréstimo de R$ 150 milhões junto ao Banco do Brasil.

– empréstimo de R$ 100 milhões do Banco Santander

– Decisão de pagar R$ 900 mil anuais a BRL TRUST (R$ 27 milhões em 30 anos)

– contratação dos escritórios de advocacia “Machado Meyer” e “Carlos Ary Sundfeld”, com honorários de R$ 480 mil.

– prorrogações de prazos contratuais

– subscrição de cotas do “FUNDO II” mediante obrigações do Corinthians (ceder símbolo, nome, terreno, arrecadação, etc.)

– Transferência de CDRU (Cessão do Direito Real de Uso do Terreno de Itaquera)

Alertado pelas matérias dos últimos dias, conselheiros do Corinthians prometeram questionar duramente os responsáveis pela assinatura e autorização dessas “concessões”.

É a hora de ver se alguns conselheiros trabalham para o clube, exercendo a função para que foram eleitos, ou apenas na defesa de um grupo específico.

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