Por JUCA KFOURI
Em 10 minutos de jogo, Lionel Messi teve três chances de gol.
Na primeira, o goleiro milanês pegou.
Na segunda, bateu cruzado rente à trave.
Na terceira, em vez de chutar no contra-ataque que puxou, passou e, na chance desperdiçada, brigou pela bola na área e foi atropelado.
Pênalti que ele mesmo bateu, aos 10, e, na quarta chance, fez 1 a 0 para o Barcelona.
Era o começo do show.
Show?
O Barça teve até a oportunidade de ampliar, mas como se para dar razão ao técnico Pep Guardiola que havia anunciado que o Milan faria gol em Camp Nou, aos 32, Robinho iniciou a jogada que Ibrahimovic continuou com passe perfeito para Nocerino bater cruzado e empatar, resultado que punha os italianos na semifinal.
O susto não durou nem 10 minutos.
Porque, aos 39, o experiente Nesta agarrou ingenuamente Busquets na área, na cobrança de um escanteio, e o árbitro viu.
Pênalti que Messi cobrou no canto oposto ao da primeira batida, bola num canto, goleiro no outro, 2 a 1.
Com o que chegou aos 14 gols na Liga, mais um recorde e que o iguala ao ítalo-brasileiro Altafini que, exatos 50 anos atrás, marcou os mesmos 14.
E os catalães foram para o intervalo classificados, mas ainda não seguros.
E com 60% de posse de bola.
Quando o segundo tempo começou o Milan tentou uma blitz, mas não intimidou os donos da casa.
O Barça valorizava ainda mais a posse de bola e numa tentativa da entrada da área de Messi, a bola reboteou amortecida para Iniesta com calma e categoria, pela esquerda, na cara do gol, ampliar para 3 a 1.
O Milan começava a pagar por todas as análises, verdadeiras, por sinal, que o tratavam como capaz de dificultar a vida catalã e até sair classificado da Espanha.
O veterano Seedorf saiu, Aquilani entrou e Robinho perdeu gol feito, em lance mal anulado pela arbitragem por mão na bola.
Xavi também saiu e Thiago Alcântara entrou e em seguida perdeu oportunidade claríssima em mais um passe de Messi.
Do 12 jogadores utilizados pelo Barça apenas Daniel Alves e Mascherano não foram feitos em casa, como observou a dupla da ESPN em Camp Nou.
E Pato entrou no lugar de Boateng.
Piqué se machucou e Adriano entrou em seu lugar.
O Milan queria jogo e o Barcelona queria que o jogo terminasse.
Fãbregas saiu e Keita entrou.
Maxi Lópes entrou como última cartada milanesa no lugar, sabe de quem?, de Alexandre Pato, que ficou apenas 13 minutos em campo. Que coisa!
E não deu outra.
Ameaçando fazer o quarto gol umas três vezes (a última delas com Adriano), o Barça ganhou de mais um cachorro grande, com 61% de posse de bola.
Nota do blog: da analise do Mestre discordo apenas com relação à segunda penalidade, que não marcaria.