”Expulso por trocar cabeçada com adversário fora da disputa de bola. Informo que, após a expulsão, o referido jogador empurrou seu adversário, derrubando-o. Após esta ocorrência, o jogador Diego Souza foi contido por jogadores de ambas equipes e depois disso retornou ao campo de jogo e atingiu novamente o jogador Domingos Nascimento com outro empurrão.

O jogador Diego Souza foi levado ao túnel de seu vestiário pelos jogadores, entretanto retornou correndo ao campo em direção ao jogador Domingos Nascimento e aplicou-lhe uma rasteira”.

Sálvio Spínola faltou com a verdade em seu relatório de arbitragem sobre a partida Palmeiras e Santos.

Diego Souza e Domingos não trocaram cabeçadas.

O que torna ainda mais grave saber o motivo que o árbitro teria utilizado para expulsá-los.

Os dois empurrões posteriores só existiram na imaginação de Sálvio Spínola.

Somente no final algo próximo da verdade foi escrito no documento.

Em tempos de transmissões pela televisão, com novecentas câmeras e telespectadores cada vez mais atentos, este tipo de relatório é quase um suicídio moral para o árbitro.

Não dizer a verdade em um documento que pode selar o destino de um atleta é uma demonstração de que seu caráter pode ser ainda pior do que sua arbitragem.

O que, por sinal, não é pouca coisa.

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