Por JUCA KFOURI

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Tinha menos gente do que se esperava no Pacaembu, 20 mil pagantes, mesmo neste horário horroroso das 21h50.

E quem foi ver Ronaldo o viu errar uma porção de passes até que, aos 17, de cabeça, fez Aranha operar grande defesa, junto à trave direita.

Pior: 15 minutos depois viu Leandrinho fazer 1 a 0 para a Ponte Preta.

O Corinthians pressionava, mas não impressionava.

Aos 35, Ronaldo sofreu pênalti e ele mesmo bateu para empatar e marcar seu terceiro gol com a camisa alvinegra, no meio da meta, devagarinho, depois que Aranha arriscou o canto esquerdo.

Três minutos depois, em linda jogada do ataque corintiano, Ronaldo deu uma furada espetacular na cara do gol.

Se fosse o Souza…

Em seguida, foi a vez de Dentinho quase marcar.

E de Ronaldo se desentender com Deda, num lance que o árbitro fingiu não ver para não amarelar o corintiano.

Aos 44 ele sofreu falta, cobrou e Aranha defendeu.

A Ponte, aliás, abusava das faltas diante de um apitador complacente.

E Ronaldo também era, naturalmente, das infrações.

Assim terminaram os 45 minutos iniciais.

E os finais começaram com Douglas, mais uma vez, fazendo uma apresentação pífia e com a Ponte melhor em campo.

Só que, aos 7, corretamente, Edílson chutou Wellington Saci e foi expulso.

Aos 10 Douglas saiu para entrar Otacílio Neto.

Aos 13, Ronaldo recebeu na área, deu um drible seco no zagueiro e arrematou de esquerda para fazer o que sabe como poucos na história do futebol: um belíssimo gol de centroavante raro.

Em cinco partidas, quatro gols não é uma marca desprezível, bem ao contrário, ainda mais se for considerado que só havia feito um jogo inteiro.

O ingresso já estava pago.

Quem foi ver Ronaldo já não tinha, definitivamente, do que se queixar.

E nem se notou, aliás, mas, aos 22 minutos, Ronaldo saiu em desabalada carreira para tentar ajudar a defesa num contra-ataque campineiro. Surpreendente!

Como era surpreendente que o Corinthians, ganhando e com um jogador a mais, desse tanto mole.

O resultado foi o empate, aos 30, em cabeçada de Gum.

Desta vez, do meio para frente o Corinthians era melhor do que do meio para trás, coisa rara nos times de Mano Menezes.

Aos 34, Ronaldo tocou de calcanhar para Otacílio Neto que foi derrubado a meio passo da linha da área.

Aos 40, saiu o zagueiro Diego e entrou Souza.

Lulinha que havia entrado em lugar de Dentinho, que se machucou, não acertava um cruzamento.

E se o Corinthians manteve a invencibilidade, o resultado, cá entre nós, foi uma decepção.

Já o São Paulo, em Bauru, com gols de Washington e Jorge Wagner, ganhou do Noroeste por 2 a 1.

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