Da Folha de São Paulo
“Custo COB” consome um quarto da Lei Piva
Apenas em sua manutenção, entidade gasta R$ 68 milhões no ciclo olímpico
Cartolas do comitê têm direito a passagens na classe executiva e diárias, enquanto atletas viajam na econômica e nada recebem
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro ciclo olímpico completo da Lei Piva, um quarto dos recursos estatais direcionados ao esporte foram gastos só com a manutenção do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
A estrutura da entidade consumiu R$ 68,1 milhões em quatro anos, o que representa 26,6% do total investido por conta das loterias. Segundo o comitê, suas despesas principais foram a folha de funcionários, a organização de eventos “em prol do esporte” e o planejamento de competições -inclui viagens de cartolas e de técnicos a locais de eventos.
Nenhum centavo foi gasto pelo COB com a manutenção de atletas e só uma fatia foi para preparação técnica -que, segundo a entidade, é responsabilidade das confederações.
Com funções mais diretamente ligadas ao esporte, as filiadas responsáveis pelas modalidades ficaram com pouco mais da metade do dinheiro da Lei Piva, cujo investimento total foi de R$ 255,9 milhões.
O COB ficou com 48,5% do valor. E pôde gastar mais da metade do total retido em sua estrutura porque não sofre restrição ao uso do seu quinhão do dinheiro das loterias.
Por instrução normativa do COB, por ordem do regulamento da Lei Piva, as confederações não podem gastar mais do que patamares entre 10% e 20% com sua manutenção.
Sem restrição, além da manutenção, o COB aplicou em itens como a assembléia da Odepa, em 2005. Essa reunião de cartolas no Rio de Janeiro -que o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, pretendia agradar para campanhas à sede olímpica- chegou ao custo total de R$ 2,2 milhões.
Aproximadamente o dobro do valor gasto anualmente com o prêmio Brasil Olímpico, festa bancada pelo comitê para homenagear esportistas.
Outros R$ 900 mil foram gastos no ano passado com a candidatura do Rio-2016, valor que deve aumentar neste ano.
O agrado a cartolas não se resume a reuniões com estrangeiros. Os dirigentes do COB também são bem tratados pela verba de manutenção.
Por instrução normativa da entidade, todos os cartolas do comitê têm direito, em trechos acima de oito horas, a viajar de classe executiva. Estrela olímpica, Maurren Maggi voltou de Pequim na classe econômica.
Dirigentes ainda têm direito a diárias (US$ 100) dadas pelo COB. Nenhum atleta, mesmo em Jogos Olímpicos, recebe dinheiro do comitê para se manter -algumas confederações pagam diárias.
O balanço financeiro da entidade ainda mostra gastos com aluguéis de salas e telefone de empresas subsidiárias, como o Comitê Organizador do Rio-2007 e a Olympo, empresa que cuida do marketing.
As despesas na manutenção do COB têm crescido em velocidade bem maior do que os repasses às confederações. É verdade que atingiu seu auge no ano de 2007, quando foi realizado o Pan, em que foram geradas despesas extras. Mas as filiadas também tiveram de incrementar a preparação técnica para o evento.
Em 2004, início do ciclo olímpico, foram R$ 11,8 milhões gastos pelo COB em sua estrutura. No ano passado, o valor foi de R$ 23 milhões, um crescimento de 94,9%.
Enquanto isso, o valor dado às confederações aumentou em 37,8% no mesmo período, chegando a R$ 37,5 milhões.
O COB prevê uma expansão contínua de sua estrutura. Conta hoje com 123 funcionários, o que entende ser “ainda insuficiente” para atender à demanda dos quadros esportivos nacionais. “As despesas de manutenção são proporcionais ao crescimento do esporte brasileiro e ao número de convênios”, justificou o comitê.
O “cumpanheiro” Lula alimentando o lobo travestido de cordeiro Nuzman!
Paulinho é a cultura instalada desde os primórdios neste querido Brasil , brasileio,ñ te esqueças da bancada da bola, do anterior e atual ministro do esporte, pasta comandada pelo PCdo B q. tem em sua cabeça o mala do deputado federal por São Paulo Aldo Rabelo q influenciou na camuflagem das maracutaias cometidas pelo ex-árbitro José Assis Aragão quando de sua estada na gerencia do Pacaembu. Conclusão: estes malas são acobertados pelo braço curto e pelos politicos do congresso, sabe porque, oferecem espetaculos levados ao publico e assim os enganam.
acorda, Brasil
E aqueles que combatem estes comportamentos são processados e apenados pelos senhores chamados de excelência q.por sua vez se baseiam nas leis aprovadas pelos congressistas, estas leis permitem a interpretação, ou seja, as virgulas q. são aplicadas de acordo: se inimigos o texto se amigos todas as virgulas e ainda mais.
Acorda, Brasil.
Discordo da comparação feita entre as mordomias oferecidas à atleta Maurren Maggi e aos cartolas amigos do COB. Afinal a Maurren é uma simples recordista mundial do salto em distância, enquanto que a curriola do COB é constituída por recordistas universais da modalidade “ASSALTO À DISTÂNCIA”.
Só uma pergunta … Quem perpetua esse Nuzzzmmaannn no COB ? Já sei, é quem participa da divisão do bolo, acertei ?
Esse Nuzman nunca me enganou
123 funcionários no COB? Será que são concursados ou ai entra até os netos dos que se fartam desta situação?
Acho que a grande maioria dos que aqui comentam não entendem nada sobre o comando do esporte no Brasil. A imprensa, ao invés de estimular o esporte nacional (com exceção do futebol), só dá notícias negativas. Só que a imprensa, assim como os espectadores, fazem parte de um ciclo, juntos com os dirigentes, para o sucesso das outras modalidades esportivas no Brasil. 99% do tempo só temos acesso ao futebol. Sem torcida, é impossível conseguir patrocínios, e sem cobertura da imprensa, fica muito difícil a formação da torcida. O papel da imprensa é FUNDAMENTAL nesta cadeia, mas os pensamentos imediatistas monetários (de que notícia ruim é a que vende), contribui para o andamento lento dos outros esportes. E a esse andamento, mesmo que lento, deve-se ao trabalho do COB. Antes da gestão do Nuzman, não tínhamos o vôlei para torcer, a ginástica artística, o taekwondo, o judô… Nós, pessoas comuns, precisamos enxergar os bons feitos e os progressos, e assistirmos aos outros esportes, torcendo e participando, ao invés de ficarmos totalmente alienados à imprensa, que quer exatamente isso, que nos alimentemos das más notícias por ela plantada. Espero que reflitam!
Ainda em tempo, hoje é dia de eleição. Espero que votem conscientes do papel de mudanças. Que se interem do papel de cada um nos cargos públicos, que acompanhem o trabalho de todos os eleitos (não só dos que ganharam seus votos) e que avaliem quais merecem votos em eleições futuras. Todos temos a responsabilidade de escolher o que for melhor para a população, e não para nossos interesses pessoais. Temos a obrigação de conhecer o passado dos candidatos, a postura deles, a personalidade (é muito importante, pois a maioria entra na onda do momento, no que lhes convêm naquele instante, sem defender um único ponto de vista do início ao fim), como o Eduardo Paes, que vivia malhando o Lula, e agora, tendo em vista a grande aceitação do presidente da república, ele diz que eles trabalharão juntos. É por isso que, de coração, espero que o Gabeira seja eleito. Um homem sério, FIRME, coerente e sensato, além de ser politicamente experiente e ativo.