Ontem, Carlos Cereto, trajado com camiseta de site de apostas esportivas, entrevistou Augusto Melo, candidato a presidente do Corinthians.

Desde que foi saído da Sportv, sob acusações graves, o jornalista mudou radicalmente o rumo da carreira.

Tornou-se espécie de influencer de canal do YouTube que comenta, sem compromisso com fatos, notícias sobre Corinthians.

Em meio à decadência, outras necessidades devem ter surgido.

Não se trata de questionar o tom bajulatório da entrevista, nem a escolha de anunciantes ou o meio de propagá-los – cada qual que cuide da sua credibilidade, mas de apontar um desserviço ao público que acompanhava a atração.

Cereto criou uma ‘enquete’ questionando quem deveria ser eleito Presidente do clube e, ao final, divulgou-a comparando-a ao quórum eleitoral alvinegro, mesmo sabedor de que a maioria da audiência, além de não votante, era de seguidores do candidato agradado.

Trata-se de fraude intelectual explícita.

Diria até suspeita.

Nos bancos de faculdade, jornalistas aprendem, ainda no primeiro ano, a diferença de enquete e pesquisa, além dos males que a manipulação destes dados provocam à democracia.

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