O Santos, em meio ao vazio de futebol reinante durante mais de 90 minutos da final da Copa Libertadores, controlava o jogo e parecia, ainda que por muito pouco, mais próximo da vitória, embora a probabilidade maior indicasse a decisão pelas penalidades.
Eis que, aos 95 minutos, nos acréscimos, surgiu o desequilibrado.
Sem nenhuma razão de ser, o treinador Cuca decidiu disputar uma bola fora de campo com o lateral Marcos Rocha, caiu pateticamente ao chão e foi expulso pela arbitragem.
O ato serviu para desconcentrar a equipe, até então impecável na defesa, conforme declarou Cuquinha, irmão de Cuca:
“Isso desestabilizou o time, foi um minuto depois o gol. Ele [Cuca] fez falta naquele momento, estávamos discutindo ainda o lance e ninguém viu o gol”
Não é a primeira vez que o treinador desestabiliza-se em meio a situações de pressão.
Ontem, superando as próprias limitações, ao montar um Santos com bom padrão tático e unido em torno do objetivo esportivo, Cuca preferiu, em vez de manter postura profissional, recorrer à crendice em torno do campo e aos velhos hábitos varzeanos.
Deu no que deu.
Culpa dele, que não procura ajuda profissional para resolver seus fantasmas, alguns gravíssimos, do passado, e dos que insistem em contratá-lo, sabedores das possibilidades, como ocorreu ontem, de surtos em meio a momentos favoráveis.