Não há dúvidas sobre o acerto esportivo da contratação do atacante Hulk pelo Atlético/MG.
Trata-se de um atleta que sempre jogou em altíssimo nível, dentro de suas limitações técnicas, seja em equipes obscuras da China ou na Seleção Brasileira.
A questão a ser observada, ainda não devidamente esclarecida, são os valores envolvidos no negócio.
Hulk, há muitos anos, está inserido no seleto grupo de atletas com os maiores salários do Planeta.
É pouco provável que permaneça nesse patamar, mas é certo que não aceitaria receber nada menos que o maior vencimento entre jogadores brasileiros.
Até onde se sabe, o pico é Daniel Alves, do São Paulo, que acertou, e já está levando calote, rendimento de R$ 1,5 milhão mensal.
Basta observar o balanço financeiro do Galo para saber que o clube não tem a menor possibilidade de honrar o compromisso, digamos, de maneira natural, tornando-se refém, neste e noutros casos, de um sistema de mecenato que raramente é conhecido pela ‘eternidade’ em clubes de futebol.
Levando-se em consideração que, entre os envolvidos na transação está o diretor Rodrigo Caetano, outro que não dá ponto sem nó, a movimentação inicial de dinheiro envolvida nessa contratação (luvas, etc), incluindo os óbvios comissionamentos, não deve ter sido pequena.
Tomara Hulk, aos 34 anos, corresponda a tamanho investimento dentro das quatro linhas, porque, fora dela, praticamente no epílogo da carreira, poderá se tornar grande problema financeiro quando o amor ou o vínculo entre as partes acabar.