Cada clube brasileiro tem o Papai Noel que fez por merecer ao escolhê-lo, em eleições, para cuidar de suas finanças.
Nos últimos anos, o Corinthians teve vários: Andres Sanches, Mario Gobbi e Roberto Andrade, todos ex-presidentes, e os financeiros Raul Corrêa da Silva, Emerson Piovesan e Matias Ávila (com as cordas puxadas por Luis Paulo Rosenberg).
A Prefeitura de São Paulo cobra, judicialmente, R$ 33,4 milhões do Corinthians oriundos de calote no IPTU do Parque São Jorge.
As faturas são as seguintes:
- R$ 6.658.731,54;
- R$ 5.997.490,63;
- R$ 5.542.984,94;
- R$ 5.334.428,23;
- R$ 4.963.294,32
- R$ 4.935.971,98
O clube perdeu direito a isenção do imposto, segundo o Município, ao figurar no CADIN (Cadastro de inadimplentes), ferindo regra estabelecida entre as partes.
Para evitar a execução, o Timão recorreu à 15ª Vara de Fazenda Pública, solicitando liminar até que o mérito da questão fosse julgado.
O pedido foi negado.
No desespero, o Timão protocolou Agravo à decisão, com pedido de liminar para que não precisasse dispor dos valores até o julgamento do mérito, justificando que o desfalque do dinheiro geraria transtornos irreparáveis ao alvinegro.
O pleito foi atendido, em novembro, pelo desembargador Eurípedes Faim.
Mas a alegria durou pouco.
Na última semana, o Conselho Municipal de Tributos deu por encerrada a questão: o Corinthians terá que pagar as pendências passadas e, com relação às futuras (entre as quais a de 2019, próxima de R$ 7 milhões), o caso será avaliado pelo DIESP/SUBIM, que, segundo a Prefeitura, ‘possui técnicos para decidir sobre a concessão ou não da isenção’.
Assim que o TJ-SP for informado da decisão – o que deve ocorrer no início de 2020, o Timão será executado.
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