Em 1995 (já havia ocorrido noutras oportunidades), este jornalista, ainda apenas torcedor, viajou ao Rio de Janeiro, num ônibus fretado pela Camisa 12, para assistir à partida entre Vasco e Corinthians, semi-final da Copa do Brasil.

Foi um inferno.

Escoltados por policiais, chegamos às portas do Maracanã com o jogo iniciado (apesar de termos entrados em terras cariocas duas ou três horas antes), mas somente nos foi permitida a entrada no estádio com alguns minutos da etapa final.

Ontem, 24 anos depois, a situação permanece a mesma.

Torcedores do Peñarol somente tiveram acesso ao Maraca no segundo tempo e outros três, porque vestiam camisa de equipe peruana, foram vetados na entrada.

Desrespeito que parece política de estado no Rio de Janeiro.

A desculpa da PM, de que os uruguaios brigaram no bairro do Leme, antes de partirem para o estádio, não se sustenta.

Primeiro porque esse tipo de situação não é pontual, mas habitual no trato, ou destrato, com torcedores no Estado; por fim, um evento não pode ser ligado ao outro, e sim, se necessário, punido individualmente (com a identificação dos arruaceiros), nunca coletivamente.

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