A FOLHA de hoje exibe como sua matéria principal delação premiada de executivos da construtora Andrade Gutierrez, que afirmam ter pagado propina de 1% das obras do metrô ao conselheiro do TCE-SP, Eduardo Bittencourt, que nega a informação.

Um dos diretores do grupo, em suposta negociação para delação (ainda não efetivada), diz que o dinheiro teria sido distribuído aos outros conselheiros do Tribunal, entre os quais, Roque Citadini.

Foi o suficiente para os bastidores do Parque São Jorge entrarem em ebulição,

Inimigos e adversários de Citadini espalharam, durante toda a manhã, pelas mais diversas mídias sociais, os lnks da reportagem, acompanhados dos mais desairosos comentários.

A matéria, pelos fatos relatados (os comprováveis), em verdade, absolvem o conselheiro do TCE e do Corinthians.

Diz trecho da FOLHA:

“Citadini, por exemplo, acusou problemas em obras da linha 5 – lilás e no monotrilho. O preço da linha 5 teve um aumento de R$ 1,05 bilhão. O trecho feito pela Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa foi o que sofreu a maior elevação: passou de R$ 862 milhões para R$ 1,15 bilhão, aumento de R$ 284,4 milhões.”

“Citadini pediu que a obra do monotrilho fosse paralisada porque não havia projeto básico, detalhamento de custos, e a concorrência feria a Lei das Licitações.”

“Em janeiro do ano passado, o governo rompeu o contrato do monotrilho alegando que as empresas abandonaram a obra. Já a Andrade Gutierrez dizia que o governo atrasava pagamentos.”

Auditoria independente da construtora, também citada na matéria, revela:

“A Andrade Gutierrez fez uma auditoria para checar o caminho do dinheiro que foi distribuído como propina e descobriu que os valores entregues a Bittencourt foram repassados a um operador financeiro. A auditoria, no entanto, não encontrou rastros de pagamentos que cheguem até os outros conselheiros.”

Ou seja, apesar de um diretor da Andrade Gutierrez, ainda em negociação para delação, supostamente (a indicação é apenas de fonte da jornalista) insinuar que outros conselheiros podem ter sido beneficiados, nada foi falado, oficialmente, muito menos comprovado.

Ainda assim, o assunto deverá render discussões acaloradas no Corinthians, principalmente entre os que estão envolvidos na “Operação Lava-Jato” ou apenas discordam do nome de Citadini para a disputa do cargo de Presidente do Corinthians.

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