fiori - dicunto

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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apito limpo

“Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais. Podem até maltratar meu coração, que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar”

Renato Russo – foi um cantor e compositor brasileiro

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Punição

Dia após a contenda Corinthians x Palmeiras, com aval dos integrantes do setor de árbitros, baseada nos acontecimentos do inexplicável segundo amarelo, seguido do vermelho para o defensor corintiano Gabriel; a diretoria da FPF emitiu comunicado afastando por tempo indeterminado, o árbitro, Thiago Duarte Peixoto

Abraçou

Estranhamente os digníssimos integrantes da CA-CBF presidida pelo latinha esculpida nos ombros da “pulissa” fardada, comunicou o afastamento do Thiago Duarte Peixoto

Ratifico

Thiago Duarte Peixoto não teve problemas na parte técnica, quanto ao item disciplinar, pecou e muito por sua postura, assim como, pelo excesso de gesticulações e explicações

Disparidade

1

Na partida Palmeiras x Ferroviária disputada no sábado 25/02, citada por mim logo abaixo, via TV, no item técnico, observei que o árbitro Leandro Bizzio Marinho cometeu dois erros cabeças

Antagônico

A punição imposta ao Thiago Duarte Peixoto, não foi adotada ao desempenho do Leandro Bizzio Marinho

Recompensa

Na quarta feira 01/03 os doutos integrantes da CA-CBF escalaram Leandro Bizzio Marinho para arbitrar a contenda Gurupi-TO 2 x O Rio Branco-AC

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6ª Rodada da Série A1 do Paulistão 2017

Sábado 25/02

Palmeiras 4 x 1 Ferroviária

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho

Assistente 01: Daniel Paulo Ziolli

Assistente 02: Fabio Rogerio Baesteiro

Item Técnico

Cometeu dois erros gravíssimos; ambos de sua inteira e total responsabilidade.

Explico:

1º – Estava próximo, de frente pro lance e, corretamente, sinalizou a falta sofrida pelo palmeirense Dudu, ocorrida em cima da linha da grande área da Ferroviária; conforme lei do jogo, faltas cometida por defensor no oponente na linha da grande área, determina que a cobrança seja efetuada da marca da cal;

– demonstrando ser o dono da veracidade, Leandro Bizzio Marinho infringiu a lei do jogo determinando a cobrança da falta, pouco antes da linha divisória

Gol

Para livrar sua cara, após autorização, falta cobrada, Jean toca para Michel Bastos mandar profundo da rede  da equipe visitante

2º – não fez mais que sua obrigação no momento que marcou a indiscutível penalidade praticada pelo palmeirense Michel Bastos; sequencialmente, bem colocado, com domínio visual da movimentação do batedor da infração e demais litigantes, Leandro Bizzio Marinho autorizou o reinicio da refrega

Voltou atrás

Penalidade máxima defendida por Fernando Prass, de imediato, Leandro Bizzio Marinho, vira o corpo para sua direita, inicia corrida indicando que a defesa do goleiro palmeirense foi legal;

– No mesmo momento, o camisa 08 da Ferroviária, na maciota dá um tranco no árbitro, alertando sobre irregularidade, ao ver que o assistente 02 estava parado, sem o consultar, Leandro Bizzio Marinho, voltou atrás, determinando nova cobrança da penalidade, resultando no gol da equipe visitante

Remato

No ato, via TV, observei a invasão da área por três ou quatro palmeirense e, um ou dois da Ferroviária, mesmo bem colocado, não fosse o tranco que levou, o assoprador deixaria o jogo correr.

Item Disciplinar

Advertiu com cartão amarelo: 04 palmeirenses e 03 dos defensores da equipe visitante

Frigir dos ovos

Trabalho meia boca pra menos! Fosse empate ou vitória da Ferroviária, por sua culpa, o bicho pegaria feio

Mirassol 2 x 3 Corinthians

Árbitro: Vinicius Furlan

Item Técnico

Inverteu e deixou de sinalizar faltas e, junto como os assistentes, não teve muito trabalho

Item Disciplinar

Advertiu corretamente com cartão amarelo: um defensor da equipe mandante e dois corintianos, no entanto, poderia e deveria ter sido mais enérgico

Copa do Brasil 2017

Quarta Feira 01/03

Brusque-SC 0 x 0 – Resultado no tempo normal da contenda

Pós-cobrança das penalidades

Brusque-SC 4 x 5 Corinthians – resultando na classificação da equipe corintiana

Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (CBF-PE)

Itens técnico/disciplinar

Contenda terrível, fácil de ser arbitrada

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Política 

Faça-se justiça: obrigado, Lula!

titanic

O mesmo descuido que fez o Titanic naufragar fez surgir a Operação Lava Jato

A vida moderna nos faz abandonar velhos hábitos e ensinamentos, como os refrães que nossos avós repetiam como lição de vida. Um deles – “há males que vêm para bem” –, ouvido desde a infância, desponta agora com espantosa atualidade e nos obriga a agradecer a Lula da Silva, José Dirceu, Palocci e demais dirigentes do PT.

Se não fosse aquela irresponsável confusão que armaram ao governar (junto à base alugada) como se estivessem jogando futebol nos jardins do Palácio da Alvorada, talvez jamais se descobrisse a amplitude do corrupto contubérnio entre políticos e empresários. Tão amplo e profundo que deixa nus os partidos, enlameia a alta cúpula do PMDB e o círculo íntimo de Michel Temer, roçando e bafejando o próprio presidente da República.

Uma das características da era Lula foi o futebol no campinho da Granja do Torto, em Brasília. Ali, se fosse o caso, podia-se “comprar” o juiz (caso houvesse), o goleiro e o zagueiro adversários para satisfazer o chefe. Lula era sempre o goleador. Se não era, todos asseguravam que era e ponto final.

A facilidade do futebol de fim de semana saltou para o dia a dia da política e o “mensalão” comprou deputados e senadores da oposição, no varejo e no atacado. Surgiu a base alugada (batizada de “base aliada”) e o PMDB e o PP ancoraram no quintal da própria casa o luxuoso navio que o PT lhes entregou para navegar no rico e imenso mar da Petrobrás.

O mesmo descuido, porém, que fez o indestrutível Titanic bater num iceberg e naufragar, fez surgir a Lava Jato e aconteceu o que todos sabem!

A corrupção não surgiu do futebolzinho do Lula, como marota “pelada” com resultado já combinado. É anterior, vem do século 20. Foi acintosa na construção de Brasília e continuou. Na ditadura, cresceu protegida pela impunidade, mesmo sem conspurcar pessoalmente os generais ditadores. Existiu nos governos Sarney, Collor (em especial aí) e Fernando Henrique. Com Itamar não há indícios, ou não deixou rastro.

O jogo de bola, porém, serviu como modelo para expandir e consolidar a organização criminosa que, até então, era algo avulso. Com ele se construiu a máquina corrupta no engajamento (ou recrutamento) de certas pessoas em cada lado – entre os corruptos e os corruptores, entre políticos e empresários – para armar duas equipes e poder jogar. Tudo como num bate-bola no quintal, em que todos são amigos, estão irmanados e só buscam usufruir e lucrar. Constituem equipes diferentes na aparência, mas são iguais entre si.

Há, porém, uma diferença fundamental: no jogo de bola eram companheiros, no crime são cúmplices.

O desbaratamento do conluio da era Lula e Dilma, porém, não serviu para que Temer mudasse o rumo. Ao contrário, o peso dos pesos pesados cai, agora, sobre seu governo, quase sempre sobre figuras do PMDB, que ele dirigiu nacionalmente até há bem pouco, até presidir a República, e no qual é, ainda, figura exponencial.

Não é preciso detalhar os últimos escândalos. Ou recordar os dois “operadores” do PMDB (presos nos Estados Unidos) que arrecadavam e redistribuíam o dinheiro sujo. Nem o relato espontâneo do advogado José Yunes, velho amigo e então assessor do presidente, sobre “o envelope” (ou seriam caixas de whisky?) com dinheiro que o ministro Eliseu Padilha pediu que recebesse em São Paulo e, logo, lhe entregasse.

Se o homem forte do governo Temer (um José Dirceu da era Lula) age assim, o que esperar dos demais nesse Ministério sem grandes figuras, formado para obter maioria parlamentar?

Na sordidez em que transformaram a política partidária, porém, isso se tornou tão comum que já não surpreende nem causa indignação. Mas exatamente aí reside o perigo de que esse horror transformado em algo “normal”, ou usual, leve ao suicídio ou ao assassinato da política partidária.

Até agora, há 83 condenados ou presos em função da Lava Jato e 86 políticos de diferentes partidos (menos o PSOL e a Rede) são réus, estão denunciados ou sob investigação. No Rio, o ex-governador Sérgio Cabral e assessores (ou asseclas) estão presos, tal qual Eike Batista, ex-candidato a “homem mais rico do planeta” com dinheiro do BNDES. Na senda certa, Ministério Público e juízes desbravam caminhos por mares nunca antes navegados!

Como punição para o crime, tudo perfeito. Nestes três anos da Lava Jato, porém, nem as punições corrigiram os métodos de governar.

A indicação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes para o STF reabriu o debate sobre as condições de notório saber e integridade pessoal exigidos de um juiz da máxima Corte. Apontado como advogado ligado ao PCC e de plágio de trabalho de um jurista espanhol já falecido, ele saltou do Executivo para o STF como se Temer buscasse ter ali um “nome de confiança”, já que não tem uma corte áulica e servil. No tempo de FHC, também um ministro da Justiça pulou para o STF. Mas Nelson Jobim ainda não confessara que, quando deputado, tinha incorporado sub-repticiamente à nova Constituição artigos nunca votados, e foi aplaudido. Não há crime no que não se conhece…

O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi defensor ardoroso de Eduardo Cunha e, quando ele finalmente foi preso, fez uma apocalíptica declaração de pesar. “É a queda da República!”, exclamou. Logo, votou a favor da punição de juízes e procuradores por “abuso de autoridade”. Colocado de contrabando pelos deputados no projeto de iniciativa popular contra a impunidade, o dispositivo abre caminho ao crime e inibe a ação da própria Polícia Federal, da qual o ministro é o comandante…

Mesmo sem nada corrigir, o “mensalão”, primeiro, e agora a Lava Jato são a grande herança que Lula legou ao futuro. Faça-se justiça, portanto: sem as trapalhadas de Lula, do PT e da base alugada, nada saberíamos e o Titanic estaria navegando pelo fundo do mar, de casco arrombado, afogando todos nós.

Publicado no Estadão do dia 03/03 – Autoria do jornalista e escritor Flávio Tavares


Finalizando

“Lembre-se que da conduta de cada um depende o destino de todos”

Alexandre o Grande – foi Rei da Macedônia

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Chega de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo

Acorda Brasil

SP-04/03/2017

Ouça abaixo o programa COLUNA DO FIORI, desta semana, que foi ao ar pela rádio Rock n’ Gol (http://rockngol.com.br)

*A coluna é também publicada na pagina Facebook:  “No intervalo do Esporte”

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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