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O São Paulo terá dois candidatos à presidência do clube nas próximas eleições: Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco) e José Eduardo Mesquita Pimenta.

A definição do quadro se deu após a desistência de Roberto Natel (dissidência da situação), que diante do crescimento oposicionista (turbinado pelo dinheiro de Abílio Diniz), decidiu re-apoiar o atual presidente.

Em verdade, ambas as opções são muito ruins.

Leco representa a continuidade da falta de competência administrativa e da política do oportunismo, expondo o clube a vexames esportivos e dificuldades financeiras (a efetivação de Rogério Ceni, novato, como treinador principal e a contratação de Lucas Pratto a peso de ouro exemplificam os procedimentos).

Porém, para que haja alteração desse panorama, não se deve apostar num candidato com passado tão controverso, alguns dizem, “imundo” no Tricolor (ligado a promiscuidade com empresários de jogadores), representado por Pimenta, espécie de “Andres Sanches” que sabe falar português.

“(…) tudo deve mudar para que tudo fique como está”, frase do príncipe de Falconeri, personagem do filme “O Leopardo” (verdadeira aula de política, história e sociologia do cinema italiano) é o princípio do gattopardismo, frequentemente utilizado pelos que tem como objetivo tomar o poder de um grupo (ou alguém) sob promessas que não almejam cumprir, com objetivo de realizar as mesmas práticas combatidas ou ampliá-las à favor dos que os cercam.

Neste caso, os parceiros de Pimenta são o bi-demitido Alexandre Bourgeois e o midas do Pão de Açúcar (do qual perdeu o comando, afastado após avaliação de gestão temerária pelo grupo que havia se tornado sócio do empreendimento), que, vale a pena lembrar, iniciou projeto no futebol, mais de uma década atrás, liderado pelo mal-afamado José Carlos Brunoro, homem de confiança da antiga Parmalat, que dispensa maiores apresentações.

Diferentemente do que diz o ditado popular: Pimenta no “rabo” do São Paulo não será refresco, ainda que a alternativa seja manter o que já existe de ruim, diante do desolador quadro de presidenciáveis tricolores, quando não de nível semelhante, sem coragem suficiente para encarar uma disputa com velhas raposas que vivem, quando não sobrevivem, do clube.

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