
Junior (Hypera Pharma)
No último dia 31, para fugir dos efeitos de investigações criminais iniciadas na operação ‘Lava-Jato’, a Hypera Pharma assinou acordo de leniência com a CGU (Controladoria Geral da União) e a AGU (Advocacia Geral da União) comprometendo-se a devolver R$ 110 milhões ao Estado.
Dentre as ilegalidades estavam repasses de R$ 146 milhões em propinas a 46 pessoas; a maior parte, políticos.
O responsável, efetivo, pelo pagamento será João Alves de Queiroz Filho, vulgo ‘Junior’, que cumpre prisão domiciliar pelos mesmos delitos.
Além deste compromisso, os executivos da Hypera firmaram outro, durante a semana, para encerrar processos em trâmite na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
R$ 12,5 milhões foram aceitos como reparação pelo colegiado do órgão, há dois dias.
R$ 10 milhões serão quitados por ‘Junior’.
R$ 1 milhão sairá do bolso de Carlos Roberto Scorsi e R$ 500 mil de Martim Prado Mattos.
O trio teria ‘operado’ para enganar o mercado financeiro.
Junior ainda precisará quitar outro compromisso, anterior, de devolver R$ 50 milhões embolsados, indevidamente, dos cofres da empresa – flagrados após auditoria originada da investigação.
É este seleto grupo de pessoas que teria assinado contrato de ‘naming-rights’ com o estádio de Itaquera a custo de R$ 300 milhões em parcelas anuais de R$ 15 milhões.
O termo é utilizado no subjetivo porque, desde o anúncio do acordo, apesar de uma das marcas controladas pela Hypera, efetivamente, estar em exposição na Arena, a versão assinada do contrato nunca foi exposta (nem no Conselho Deliberativo), assim como inexiste, nos balanços de Corinthians, Arena Fundo FII e da própria empresa, menção alguma ao pagamento da obrigação.
Em 16 de abril de 2021, o Blog do Paulinho publicou, em seu canal de YouTube, esclarecedor vídeo sobre a relação entre o Timão e seu complicado ‘parceiro’ de negócios: