rachid e Andres
Rachid e Andres Sanches

O Corinthians confirmou, ontem, que o conselheiro Antonio Rachid exercerá o cargo de Secretário Geral do presidente do clube, Roberto “da Nova” Andrade, com objetivo de conciliá-lo com o Conselho Deliberativo, órgão onde exerce alguma influência.

Trata-se de uma escolha inusitada.

Rachid era o operador da gestão Alberto Dualib (braço direito), dos poucos que não o abandonaram, responsável direto, por exemplo, pela farta distribuição de títulos vitalícios daquele período.

Nos dias atuais, muito mais do que aliado do dono da Kalunga, Paulo Garcia (suposto oposicionista), Rachid é funcionário remunerado do empresário, dando expediente no escritório da empresa, à rua da Moóca.

Ou seja, apesar de negar, seria bem improvável que tomasse qualquer atitude que pudesse desagradar o patrão.

Nesse contexto (das ligações políticas), o novo secretário alvinegro, desde sempre, foi tratado por todas as pessoas ligadas à atual gestão, entre os quais o próprio Roberto Andrade, pelos mais desairosos adjetivos e acusações.

Mas nada se compara à decepção, tudo indica, de membros dos grupos “Corinthianos Obsessivos” e “Fora Dualib” com a referida escolha.

Todos, sem exceção, trataram Rachid como “ladrão” ou utilizaram-se de termos que dessem a entender graves desvios de conduta.

O líder obsessivo, Dr. Sérgio Alvarenga, chegou a motivar verdadeiras cruzadas requerendo a expulsão não apenas de Alberto Dualib do clube, mas também de seu mais fiel escudeiro.

Sem contar os 200 conselheiros (que demonizavam Rachid a ponto de sugerirem a Paulo Garcia que deveria escondê-lo na campanha a presidente para “não se queimar”), apenas citando os diretores mais importantes do clube, encontramos sete que (alguns pessoalmente, a este jornalista), em algum momento, disseram barbaridades sobre o agora companheiro de gestão:

  • Roberto Andrade, Flavio Adauto, André Negão, Fausto Bittar, Oldano Carvalho, Luis Alberto Bussab e Donato Votta (este chegou a utilizar-se da palavra “bandido”, sabe-se lá com que sentido).

A bem da verdade, Rachid também não elogiava seu novo comandante (muito pelo contrário) e tinha por seus detratores o mesmo desprezo que lhe era dispensado.

Dentro desse estranho quadro, torna-se constrangedora a permanência na diretoria (ou em cargos co-ligados) de qualquer membro dos grupos “Fora Dualib” e “Corinthianos Obsessivos” após a nomeação do novo dirigente.

Outro assunto que merece observação é notar uma espécie de “partilha” de poder entre o presidente Roberto Andrade e o suposto oposicionista Paulo Garcia, que participou, recentemente, da indicação de, ao menos, três nomes importantes para a nova diretoria do clube:

  • Emerson Piovesan (diretor de finanças); Flavio Adauto (diretor de futebol) e Antonio Rachid (secretário geral)

Garcia, que financiou as campanhas políticas dos principais nomes da situação, Andres Sanches e André Negão, e agora ajuda Roberto Andrade, acusado de falsidade ideológica, a não perder o cargo, é o oposicionista que todo Governo pediu a Deus ou tratava-se, o tempo inteiro, de um embusteiro ?

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