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Emerson Piovesan e Raul Corrêa da Silva

Você sabia que o Corinthians deve quase um ano de indenização a Mano Menezes, e que os salários do treinador, base do cálculo, atingiam patamares que se aproximam de R$ 900 mil mensais ?

Provavelmente não.

Este e outros “esqueletos no armário” estão sendo revelados, aos poucos, pelo atual dirigente financeiro do clube, Emerson Piovesan, que, cansado de ser acusado por responsabilidades do antecessor, Raul Corrêa da Silva, tem mantido conversas com conselheiros do clube, esclarecendo as questões.

As acusações são de extrema gravidade.

Piovesan teria insinuado, ainda, que todos os balanços da gestão anterior seriam fruto de fraudes contábeis, amparadas em pareceres de auditorias suspeitas, realizadas por empresas e profissionais ligados ao ex-diretor financeiro.

Despesas, antes ocultadas, estão aparecendo mês a mês, dificultando todo o trabalho de gestão financeira.

Não se sabe, ao certo, quanto, nem porque o clube deve tanto.

Alguns associados do Corinthians, ligados ao grupo que costuma se reunir com Corrêa, na sede da BDO (empresa do dirigente) escutaram de Piovesan as escabrosas revelações, mas não se tem notícias, ainda, de que providências tenham sido tomadas.

Pessoas do clube (associados e conselheiros) confirmaram ao blog a gravidade dos problemas, acrescentando: “se isso vazar, for realmente denunciado aos órgãos de fiscalização, o Corinthians enfrentará problemas judiciais graves…”, disse um deles.

Ciente das denúncias contra sua administração, Raul Corrêa tem rebatido as acusações, porém, réu em três processos por sonegação fiscal (enquanto dirigente alvinegro), e partícipe silencioso, mas ativo, de todas as administrações do clube desde 2007 (assinou, por exemplo, os contratos problemáticos da Arena em Itaquera e também da parceria com a OMNI), quase avalista das gestões, possui pouca ou quase nenhuma credibilidade.

Nesse contexto, é compreensível que conselheiros tentem evitar consequencias mais graves ao Corinthians, mas inadmissível que os problemas sejam ocultados.

Os “esqueletos” devem ser expostos, para que o clube consiga entender a dimensão dos possíveis crimes do qual, eventualmente, teria sido vítima, punindo os prováveis infratores, corrigindo as irregularidades, evitando assim que esse tipo de procedimento, que nada tem a ver com “renovação e transparência”, volte a infelicitar as próximas gestões alvinegras.

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