somos todos maju

A jornalista Maria Julia Coutinho, a Maju, é o símbolo na renovação de linguagem do mais importante, e relevante, programa de televisão do país, o Jornal Nacional.

Não é pouca coisa.

O tempo tratará, no futuro, de consagrá-la ainda mais, quando livros, artigos e trabalhos acadêmicos eternizarem, com elogios, críticas e pesquisas científicas que, no ano de 2015, a Rede Globo decidiu adotar a linguagem coloquial num produto marcado, décadas a fio, pela formalidade.

É esta desbravadora de pele negra, extremamente talentosa, tanto na função de transmitir informação, quanto na sempre difícil tarefa de dividir espaço com um consagrado Willian Bonner, naqueles minutos em que a maior parte dos brasileiros está diante da telinha esperando a abordagem global das notícias diárias (por mais que se possa criticar e discordar da editoria) que vem sendo atacada, em pleno século 21, por palavras racistas oriundas de debiloides da internet.

Faz-se necessário, e deve ocorrer com alguma rapidez (devido ao potencial midiático da emissora), a identificação e prisão dos responsáveis pelo triste episódio, livrando a sociedade, pelo menos por algum tempo, de dividir espaço com pessoas, certamente, marcadas não apenas pela ignorância, intolerância e preconceito, mas também desesperados pela própria incapacidade de superar frustrações pessoais, que descarregam, em maldade, sempre em ataque aos bem sucedidos, no mundo do covarde anonimato.

Maju veio para ficar, permanecerá, e crescerá ainda mais, levando consigo a admiração dos que nela percebem a força e a capacidade de superar obstáculos bem mais relevantes do que dar bola a meia dúzia de mentecaptos.

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