O associado do Corinthians, Max Anselmo Carvalho, fez, ontem, graves denúncias sobre repasses de ingressos efetuados pela Presidência do Corinthians para esquema de cambistas.
As entradas, em todos os jogos, quase sempre são encontradas nas mãos de integrantes de facções criminosas “organizadas”, mais frequentemente nos Gaviões da Fiel e na Camisa 12.
Diz Max:
“Um amigo comprou de um cambista três ingressos para o jogo Corinthians x Palmeiras a R$100,00 cada.
Minha indignação deve-se a fato desses ingressos terem como procedência a Presidência do Sport Club Corinthians Paulista. Com as informações de proibida a venda, setor Oeste Inferior no qual o preço é R$250,00 cada.
Você que é sócio torcedor ou sócio patrimonial do clube não tem essas regalias. Como esses ingressos chegaram a mãos de cambista?
Senhores conselheiros, favor averiguar!”
O esquema é antigo no clube e, junto com a distribuição de pão com mortadela e cerveja, sustenta a base de 200 conselheiros, entre os quais desembargadores, que tem por hábito bater palmas para os desvios de conduta de Andres Sanches e bajular a turma do ‘Jogo de Bicho”.
Ingressos gratuitos (marcados com preço não cobrado de R$ 25,00), revendidos a R$ 100, num setor de R$ 250, com retorno de parte dos valores aos bolsos dos dirigentes fornecedores.
Em resposta a Max, ex-funcionária do Corinthians, Aretusa Cardoso, escancarou ainda mais a sacanagem:
“Você acha que eu saí correndo da Assessoria só porque cansei das molecagens dos “funcionários” do TKD? O assédio é grande amigo! Eu nunca revendi ingresso porque sou honesta, mas comprar e revender por quanto quiser é fácil. Fui à um jogo com minha carteira e comprei 2 ingressos que dei para 2 amigos que foram comigo. Essa prática é comum amigo…”
Em meio a crise financeira, gravíssima, enfrentada pelo Corinthians, é inadmissível que a gestão alvinegra continue se utilizando dessa prática para beneficiar não apenas os conselheiros alinhados, mas também os “organizados”, que ajudam a roubar o clube que dizem defender.
EM TEMPO: os compradores dos ingressos, que, sabe-se, apesar de denunciarem, fizeram uso do produto de desvio, também cometeram delito, como corruptores, e, identificados, precisam sofrer punição.