Duas são as informações de bastidores que correm sobre os procedimentos adotados pela Rede Globo para disfarçar provável pagamento de propina para compra dos direitos televisivos das principais competições esportivas do Planeta.
Ambas, por sinal, absolutamente críveis e possíveis de serem realizadas concomitantemente.
Para beneficiar os dirigentes esportivos, sem deixar rastros, a Globo cederia (como sempre faz), à TV Bandeirantes – somente a ela – autorização para que exiba os torneios adquiridos pela emissora.
Por consequencia, a BAND negocia, por valores milionários, as cotas de patrocínio que bancariam não apenas a operação de transmissão, mas também a “propina” a ser paga à TRAFFIC e demais intermediárias.
Estas, por vez, chefiadas por J. Hawilla, Kleber Leite e demais envolvidos, repassam aos dirigentes de Confederações e Federações o montante acertado.
Um golpe de mestre, impossível de ser detectado sem delação.
Vale lembrar que Hawilla e os Saads (donos da BAND) são sócios (nem sempre documentados) em diversos empreendimentos, entre os quais a milionária venda de publicidade nos pontos de ônibus da capital paulista.
Outro caminho, citado por quem conhece o mercado, de provável ocultação de propina da Rede Globo se dá no aceite das patrocinadoras (não por acaso, quase todas, as mesmas da CBF) em pagar o preço cheio cobrado pela emissora nas cotas de propaganda dos torneios.
Dos 100%, que, negociados (é praxe o desconto no mercado), cairiam para quase a metade, retira-se a diferença que remunera a cartolagem, ocultadas, novamente, em repasse das agencias de “publicidade”.