Há não muito tempo atrás, as partidas de futebol, mesmo com estádios bem menos propícios do que agora, eram disputadas com a presença de torcedores de futebol que se misturavam independentemente de suas preferências clubísticas.
A prática estimulava a rivalidade sadia e a presença das famílias.
Com o tempo, os mais variados grupamentos de Policiais Militares decidiram, erroneamente, dividir o estádio entre adeptos das equipes que disputavam a peleja, cada qual cercado do seu lado específico, como se fossem um front de guerra, não espectadores de esporte.
Deu no que deu.
Inteligentemente, pegando o gancho não apenas do inaceitável momento de violência nos estádios, mas também da composição das novas Arenas, a diretoria do Internacional decidiu que há a necessidade de, como era feito anteriormente, misturar os torcedores.
E quer que a primeira partida em que isso ocorra seja justamente um Gre-Nal, dos mais acirrados clássicos – em rivalidade – do mundo.
Uma iniciativa louvável, que tem tudo para dar certo e servir de pontapé inicial para introduzir a civilidade no cotidiano do novo torcedor brasileiro, muitos deles “aculturados” negativamente pelas práticas das “organizadas”, que, nesse novo sistema, tendem a perder espaço, felizmente.