O Brasa Futebol Clube Ltda., oficialmente fundado na cidade de Mirassol, mas que indica, indevidamente, o estádio do União São João de Araras como se fosse seu, ingressou com ação judicial contra a Portuguesa, para cobrar 20% sobre R$ 2 milhões pagos pelo São Paulo à Lusa, por 60% dos direitos do jogador Luis Ricardo.
R$ 400 mil.
A liminar foi indeferida pela Justiça, que julgará o mérito do processo.
O Brasa, uma daquelas equipes de aluguel de empresários, nunca disputou um campeonato sequer, apesar de inscrito na FPF, e está sendo investigado por transações obscuras com o Benfica, de Portugal, algumas delas com suspeita de lavagem de dinheiro.
O presidente do “clube” é o empresário Helio Athayde Vasone Junior.
Causa estranheza, porém, que o ex-presidente da Lusa, Manuel da Lupa, tenha informado que os R$ 2 milhões seriam parte dos direitos pertencentes ao clube, e que os outros 40% permaneceriam com dois outros “donos”, o Brasa e a LA Sports.
Porém, a cobrança do clube de aluguel é exatamente em cima da parte da Portuguesa, o que indicaria, aparentemente, um pagamento de comissão, diminuindo o lucro do clube para R$ 1,6 milhão, sem que nehuma explicação, até o momento, tenha sido fornecida pelos dirigentes anteriores.
A Justiça já solicitou documentações sobre o negócio também ao São Paulo, clube comprador, no intuito de esclarecer o que está, até o momento, obscuro.