Não é de hoje que o candidato a presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, dá mostras de gostar, como diriam os fãs de “Guerra nas Estrelas”, classico do cinema mundial, do “lado negro da Força”.
Em seu próprio clube foi mentor do “golpe” que garantiu a Juvenal Juvêncio o indecente terceiro mandato.
Anos atrás, mesmo após apoiar, publicamente, a tese de que a Copa União tratava-se, na verdade, do Campeonato Brasileiro de 1987, por questões políticas, voltou atrás, fazendo força para impedir que a famosa Taça de Bolinhas fosse entregue ao Flamengo.
Recentemente, aceitou defender a MSI, ligada a Mafia Russa, em caso envolvendo a obscura transação de Carlos Alberto, ex-Corinthians.
Agora, ao recusar defender a Portuguesa no caso STJD, sob o argumento de que “não queria se meter no assunto”, e, dias depois, aparecer advogando para a CBF, Aidar demonstrou que suas decisões ultrapassam as questões profissionais, argumento sempre utilizado por advogados para se defenderem quando acusados de trabalhar para notórios criminosos.
Uma coisa é certa: se, mesmo de maneira discutível, seus atos o qualifiquem (qualificam ?) para exercer a profissão que deveria, em tese, lutar pela justiça, certamente o desqualificam, moralmente, inclusive, para exercer o cargo de presidente de um clube como o São Paulo.
Isso se, de fato, o Tricolor quiser se diferenciar do que costuma se ver por ai na administração esportiva, ou seja, um topa tudo por dinheiro e poder.