No início da semana foi realizada uma tensa reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians, em que o assunto principal foi o temor do crescimento das dívidas do clube – que fechou sete de doze meses no vermelho – principalmente as relacionadas a construção do “Fielzão”.
Avisado com antecedência do teor das conversas, Andres Sanches não deu as caras, assim como alguns de seus seguidores, deixando o rojão das explicações nas mãos do delegado Mario Gobbi, presidente do clube, e de um tenso e gaguejante Raul Correa da Silva, diretor financeiro.
A dupla até tentou convencer os conselheiros sobre gastos relacionados ao clube, em si, mas, de maneira constrangedora, demonstraram nada saber sobre o que ocorre no estádio.
“Tem que perguntar para o Andres… ele que sabe…” chegou a dizer Gobbi, em algumas de suas respostas.
Fato é que o ex-presidente alvinegro sempre diz na imprensa que, somente de juros, o clube deve R$ 80 milhões à Odebrecht.
Informações dão conta que, somadas todas as pendências, podem chegar, sem amortização do valor principal, que é de R$ 1 bilhão, a escandalosos R$ 200 milhões, de juros, em cálculos aproximados.
Ou seja, se o estádio é realmente maravilhoso, o negócio, em si, demonstra-se financeiramente desastroso.
Outra questão que vem chamando a atenção dos conselheiros, e, dizem, ter sido a razão de Sanches não ter comparecido ao encontro, são as faltas de comprovantes – nunca apresentados – sobre as transações financeiras que seriam geradoras dos citados juros a serem pagos.
Gobbi, que sequer aparece nas fotos, seja nos bons ou maus momentos, deixou bem claro, na reunião, que, embora devesse ser, o assunto em questão está fora de sua alçada.