Num momento histórico da vida política brasileira, o STF, com atuação brilhante do Ministro Joaquim Barbosa, condenou à cadeia boa parte da cúpula do PT, por compra de votos de parlamentares, no processo que ficou conhecido como MENSALÃO.
Deve agora, no próximo ano, começar a julgar outro caso semelhante, ocorrido em Minas Gerais, que pode condenar gente ligada ao PSDB.
Porém, o maior crime político da história do Brasil jamais será julgado pelo órgão.
Trata-se de um Mensalão muito maior do que os citados acima, que envolve milhões de supostos beneficiados.
Nunca, na história mundial, houve uma compra de votos tão bem orquestrada, e até barata, quanto a que o PT organiza com distorção da utilização do “Bolsa Família”.
São milhões de votos garantidos por gente que teme perder valores em dinheiro que servem apenas para mantê-los no mesmo estado de miséria controlada.
Sim, porque a verdadeira ação social, que traria dignidade à população, além do discernimento necessário para que, por exemplo, mensaleiros e seus derivados nunca mais fossem votados, não há interesse algum de quem ocupa o poder em realizar.
Acesso à educação, desenvolvimento cultural, saúde pública minimamente decente, moradia adequada, geração de empregos, entre outros benefícios, todos trazem votos, mas não garantem a fidelidade conseguida pelo medo da perda, garantida pelo “Bolsa Familia”.
E entre o certo e a possibilidade do duvidoso, o atual Governo prefere não arriscar, com apoio da mídia e muito dinheiro gasto com propaganda, seguindo o projeto de poder, sabedores que os votos dos “beneficiários” são praticamente garantidos.
Sem dúvida, o mais inteligente dos “Mensalões”, que pode ser anunciado à luz do dia, sem riscos de condenações e invariavelmente é elogiado por aqueles que também são prejudicados.