Por ALBERTO MURRAY NETO
Uma das promessas da patota que organiza a aventura Olímpica brasileira é o que Rio de Janeiro teria quartos de hotéis suficientes para abrigar dirigentes, árbitros, oficiais e o turistas que virão para a Cidade em 2.016.
Um dos pontos críticos da campanha, apontados nos relatórios do Comitê Olímpico Internacional (“COI”), era justamente a precariedade hoteleira, a falta de quartos para hospedar tanta gente.
A patota olímpica foi assertiva em dizer que seriam construídos hotéis suficientes para atender à demanda do caderno de encargos do COI e receber confortavelmente aqueles que nos visitariam.
Pois há poucos dias, mais uma das máscaras das mentiras propagadas pelo Co-Rio 2.016 caiu.
Anunciou a patota que foram contratados navios transatlânticos que durante o período da Olimpíada ficarão atracados no porto e que servirão de hotel.
Não é a primeira vez que isso ocorre.
Em Atenas 2.004 também foi assim.
A Grécia, igual ao Brasil, sofria com falta de infraestrutura e para dar conta de realizar os Jogos Olímpicos, deu um “tapa geral”.
E é isso que o Brasil fará também, até porque por melhores que sejam as intenções dos grupos vencedores das privatizações dos aeroportos, apenas para citar um exemplo, não há tempo hábil para reformulá-los adequadamente até 2.016, como fizeram Pequim e Londres.
No caso de Londres, o terminal da British foi amplamente reformulado.
O problema nem é a contratação de navios para servir de hotéis. Essa é até uma solução paliativa razoável para quem não tem outra alternativa, embora o COI não aprecie esse tipo de coisa.
O grande problema são as mentiras que os organizadores do Co-Rio 2.016 vêm contando desde a época da campanha. São promessas que sabíamos que não seriam cumpridas, que faziam parte do engôdo olímpico do discurso fácil de políticos e cartolas nem um pouco comprometidos com as necessidades precípuas do Brasil.
Até 2.016, quantas mentiras mais teremos?
Quantas máscaras mais vão cair das caras dessa patota olímpica?
E que implicações isso terá para o Brasil?
Eu avisei, do princípio, que isso tudo seria uma temeridade, ainda mais nas mãos trêmulas dessa gente.