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Na próxima segunda-feira, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, viaja para Abu-Dabi, desta vez acompanhado do conselheiro Edgard Ortiz e do advogado alvinegro Sergio Santoro, na tentativa de fechar acordo de “naming-rigths” para o “Fielzão”.

Ontem, como se fora assessor de imprensa do grupo, Ortiz ligou para toda a imprensa, fornecendo sua versão para o encontro, além do cronograma completo de todas as reuniões.

Na verdade, nem tão completo assim.

Vamos aos fatos.

Terça-feira, diferentemente do que foi informado pela imprensa, o encontro da trupe alvinegra será com o empresário Franck Henouda, para acerto, evidentemente, do comissionamento.

Se o negócio for fechado em R$ 450 milhões, como se espera, o fundo Abu Dhabi Investment Authority, principal acionista do Citibank, que tem além de Henouda, o iraniano Kia Joorabchian como cotista, e Edgard Ortiz como representante, será agraciado com R$ 50 milhões, sobrando R$ 400 milhões para o Timão.

Com a diferença de que a “comissão” será paga a vista, enquanto o clube receberia em prestações anuais de R$ 40 milhões.

Apesar do Estatuto do Corinthians ser absolutamente claro em proibir que conselheiros possam auferir lucro financeiro, direta ou indiretamente, em negócios do clube, tanto Ortiz, quanto Sanches dividiriam R$ 20 milhões, sobrando os outros R$ 20 milhões para Kia e Henouda (R$ 10 milhões cada) e os restante depositado na conta do Fundo.

Resta agora, na próxima quarta ou quinta-feira (a se definir), convencer a Emirates Airlines de que o negócio pode ser bom para a empresa, mesmo sem operação comercial de seus aviões no Brasil em volume que justifique o investimento.

De ante-mão soubemos que o argumento, que será explicado na reunião por Ortiz, é de que existe viabilidade de expansão da empresa no Brasil através de voos de cargas, não de passageiros, a princípio, e que, além do “naming-rigths” o nome da Emirates seria amplamente divulgado pelo clube em placas e outras ações publicitárias.

Vale lembrar sempre que, antes da referida negociação, Edgard Ortiz denunciou Andres Sanches de vender o clube na elaboração do contrato entre Corinthians e Odebrecht, e que o advogado Santoro, apesar do diretor jurídico do clube ser Luis Bussab, e, anteriormente, Sergio Alvarenga, sempre foi o profissional destacado para fechar os “complicados” negócios de compra e venda de jogadores no departamento de futebol do Corinthians.

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