macacos

Por JOSE RENATO SATIRO SANTIAGO

Desde que lancei meu primeiro livro sobre futebol ainda em 2002, passei a ter uma relação mais estreita com alguns profissionais que atuam no jornalismo esportivo.

Me tornei amigos de alguns deles (poucos), conhecido de outros e ainda anônimo da maioria.

De alguns, era fã, e depois de conhece-los me tornei mais fã ainda.

De outros, também era fã, deixei de ser.

Há ainda aqueles de quem era fã e passei a ter total aversão.

Mas também há casos de alguns que jamais tive grande proximidade, mas passei a admirar.

Nada de muito extraordinário.

A verdade mesmo é que o afastamento pleno é a melhor forma de manter a admiração por algo ou por alguém.

Infelizmente.

Digo isso, pois, inicialmente, o propósito deste texto era compartihar um entendimento sobre algumas situações que têm se tornado comum no jornalismo esportivo brasileiro.

Pura pretensão?

Certamente.

Mas ainda assim, apenas um texto sobre algo que certamente também acontece em vários outros segmentos profissionais.

Entendo que isto seja legitimo para qualquer pessoa.

Mesmo porque neste tempo de convivio mais próximo conheci algumas pessoas e profissionais fantástico, no entanto…

Passei a buscar, inicialmente, entendimento sobre as diferenças entre três males que, infelizmente, parece estar cada vez mais presentes:

Corrupção, Imoralidade e Improbidade.

Consultei o “Pai dos Burros”, aliás diversos deles.

O que achei…

Corrupção: Substantivo cujo significado encontra-se ligado à ação ou efeito de corromper, de fazer degenerar; ação de seduzir por dinheiro, presentes ou quaisquer benesses alguém, levando este alguém a se afastar da conduta reta.

Imoralidade: Qualidade daquele ou daquilo que é imoral. Desregramento; devassidão. Prática de maus costumes.

Improbidade: Ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.

Incapaz.

Foi assim que me julguei quanto a saber qualificar alguns fatos, repito, cada vez mais comuns nos bastidores deste esporte que tanto amo.

Todas elas envolvem um pouco de cada uma delas, infelizmente.

– Jornalista ser parceiro direto ou indireto de um jogador de futebol, sobre quem possui a oportunidade de emitir opinião sobre seu desempenho em campo ou fora dele;

– Jornalista pedir a um dirigente esportivo qualquer benefício, desde ingresso, camisa ou algo similar, para seu uso, de seus amigos e/ou parentes;

– Jornalista apoiar a candidatura de algum dirigente de um entidade esportiva e posteriormente desenvolver atividade profissional para ela (sem pedir afastamento de suas atribuições de jornalista);

– Jornalista aceitar participar, sem o devido processo licitatório, de qualquer possibilidade de contratação de serviços profissionais em entidades públicas;

– Jornalista evitar publicar informações e/ou fatos verdadeiros por conta de manter uma relação que gera benesses pessoais e/ou profissionais para si, amigos e/ou entes;

– Jornalista criticar colegas, sugerindo desonestidade apenas para aqueles que não compartilham de sua amizade pessoal ou relacionamento profissional, o famoso “dois pesos, uma medida”;

– Jornalista contar com o trabalho gratuito de pessoas no desenvolvimento de seus projetos profissionais e tão logo consiga recurso financeiro, passa a ignorar as mesmas;

Bem…

A pretensão acaba aqui.

A verdade, não.

Infelizmente… pois não precisaria ser assim.

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